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domingo, janeiro 11, 2004

o meu caderno de viagens

Pequenos apontamentos rabiscados num caderno de viagem e agora partilhados com os leitores. Os sítios, as gentes, os costumes e as curiosidades observados por quem gosta mais de viajar do que de fazer turismo


Flores da Madeira

Em 1982 viajei para o Funchal, na Ilha da Madeira, integrado numa comitiva de jornalistas especializados em radiocomunicações de lazer e de emergência, embora eu de jornalista nada tivesse, a convite da Câmara Municipal de Santa Cruz. Aliás, a minha presença era justificada pelo facto de ir realizar uma conferência, no salão nobre da Câmara Municipal, sobre o tema da “utilidade pública da Banda do Cidadão”.

Nesta digressão à Pérola do Atlântico estava incluída uma visita à Ilha, proporcionada pela direcção do Clube CB Cruz Santa que inaugurava igualmente a sua sede social. As radiocomunicações de lazer estavam no seu auge de utilização e grande parte das autarquias do País competiam entre si no sentido de quem melhores condições proporcionava às associações que nasciam um pouco por todo o território.

Foi nessa viagem de encanto que nasceram as “Flores da Madeira” aqui já publicadas mas que de novo vos apresento, a solicitações diversas.

I
A Ilha da Madeira, terra que é das flores e também... dos amores, é sem dúvida um dos cantinhos de Portugal mais belo, pitoresco e acolhedor. Suas gentes, caracteristicamente afáveis e carinhosas, são vivas e inteligentes, reconhecendo de imediato quem delas se abeira com amizade.

Para o continental, a viagem à “Pérola do Atlântico” é, desde o início, uma aventura. Após a descolagem em Lisboa e depois de cerca de 1 hora de viagem sobre o Atlântico azul e luminoso, já com Porto Santo à vista, o coração acelera o seu bater. O balançar das asas do avião provocado pela forte turbulência local, a visão da pista que mais parece um minúsculo porta-aviões, são sensações deveras impressionantes. Vale a perícia incomparável dos pilotos portugueses para que poucos minutos passados possa ter lugar um uff! generalizado.

II
O Aeroporto do Funchal, situado no concelho de Santa Cruz, é de pequenas dimensões mas o visitante é, de imediato, agradavelmente surpreendido por uma autêntica sinfonia de odores e de cores. São as flores da Madeira. É o primeiro jardim dos muitos que o visitante irá encontrar pelos caminhos da Madeira e acompanhá-lo-á com uma imagem inesquecível.

Nos primeiros contactos com a realidade da Ilha da Madeira o deslumbramento surge com a verdadeira rapsódia colorida de vermelho e verde do infindável número de cactos floridos que ladeiam as estradas e caminhos.

III
A melhor forma de se conhecer os recantos mais belos da Ilha da Madeira é sem dúvida viajar no “Maravilhas”. O “Maravilhas”, “marabelhas” no dizer dos madeirenses, é uma carrinha VW com mais de 20 anos de existência que pelas mão do seu proprietário, o bom amigo Freitas, percorre todas as estradas da Madeira.

Aliás, pela estrada fora, o “Maravilhas” é por demais conhecido a avaliar pelas muitas saudações que lhe são dirigidas e pela forma carinhosa como o Freitas as retribui.

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