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quarta-feira, janeiro 28, 2004

sabores de valle de rosal

Dos sabores caparicanos, a terra e a mar. A gastronomia, os vinhos e outros paladares e odores que encantam os sentidos e aprofundam as amizades. A arte da gastronomia, com recurso a receitas tradicionais, de preferência da região da Costa de Caparica, com a consultoria e o toque pessoal da Maria Teresa. Bom apetite!


Moscatel de Setúbal

O Moscatel de Setúbal é um vinho licoroso, cuja graduação alcoólica varia entre os 18 e 20 graus, sendo preparado na região demarcada de Azeitão, donde têm origem as uvas que lhe servem de base.

Os vinhos mais jovens, engarrafados após permanecerem cerca de cinco anos em cascos de madeira, apresentam uma cor alaranjada raiada de ocre e um sabor com notas adocicadas a moscatel. Com 20 ou mais anos de reserva na madeira ganham em cor, mais profunda e intensa, prevalecendo os aromas a laranja, amêndoas e flores silvestres.

Existem dois tipos de Moscatel de Setúbal, o branco e o roxo, elaborados, respectivamente, a partir das castas Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo.

A área geográfica correspondente à Denominação de Origem "Setúbal" abrange os concelhos de Palmela, Setúbal e parte da freguesia de Nossa Senhora do Castelo, do concelho de Sesimbra.

Consoante o tempo de permanência na madeira, assim o Moscatel de Setúbal se torna mais raro e especial. Em primeiro lugar, situam-se os vinhos jovens, entre 5 e 10 anos de reserva em madeira; depois, com grande qualidade os que têm 20 anos de reserva; finalmente, os mais exclusivos, aqueles que permanecem 50 anos em reserva de envelhecimento.

Algumas raridades estão cotadas ao nível dos melhores vinhos do Mundo:
Vinho Moscatel de Setúbal 1934 - €299,50/75cl
Vinho Moscatel de Setúbal 1900 - €514,73/75 cl
Vinho Moscatel de Setúbal “Trilogia” (1900 + 1934 + 1965) - €124,86/50cl




Queijo de Azeitão

O fabrico do Queijo de Azeitão implantou-se na região nos anos 30 do século XIX, sob influência de um proprietário de Azeitão com raízes na região da Serra da Estrela. Segundo consta, por essa época, Gaspar Henriques de Paiva, um lavrador da Beira Baixa, terá mandado vir da sua terra natal um pastor acompanhado por um rebanho de ovelhas. Inicialmente, semelhante àquele queijo da Beira, o Queijo de Azeitão foi reduzindo gradualmente as suas dimensões, até chegar, já neste século, aos actuais 100 a 250 gramas.



O Queijo de Azeitão deve muito da sua singularidade às características dos solos da região e ao clima da Serra da Arrábida, factores de influência decisiva nas pastagens e, obviamente, no leite fornecido pelos rebanhos. A flor de cardo com que é feita a coalhada, nas queijarias tradicionais, e que só se encontra na região, marca igualmente este queijo de sabor distinto.

O Queijo de Azeitão apresenta pasta semi-mole amanteigada com poucos olhos, possui uma crosta maleável, inteira e lisa, amarelada ou avermelhada, ligeiramente mais espessa que o seu homólogo serrano. A sua área de produção abrange os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal e o controlo e a certificação são feitos pela Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida. É frequentemente servido como aperitivo, pois alguns dos compostos do cardo utilizado na sua confecção contribuem para estimular o apetite. Também pode ser servido no final da refeição, tendo sempre o cuidado de o saborear depois do último prato de substância e antes da sobremesa. A melhor época para o Queijo de Azeitão é a que vai do Natal ao Carnaval, devido ao frio e à humidade que se faz sentir nessa época do ano e com as quais o queijo adquire as melhores condições de cura, ficando com o sabor mais apurado.



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