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quarta-feira, fevereiro 25, 2004

a banda do cidadão em acção

Reviver Badajoz com a Banda do Cidadão

A viagem havia sido programada há muito. Não envolvia uma grande distância, pouco mais de 200 quilómetros, mas tinha sem qualquer dúvida uma grande carga sentimental.

Rever locais, rever amigos, rever situações estava no programa daquela deslocação à cidade espanhola fronteiriça que dá pelo nome de Badajoz e pelo designativo de "tierra de Dios".

Algo havia mudado profundamente em relação a viagens anteriores, efectuadas 10, 15 anos antes: o automóvel estava equipado com um emissor/receptor de rádio CB.

Viagem iniciada, estabelecidos alguns contactos com colegas cebeístas madrugadores que quiseram estar na frequência para as despedidas e para o acompanhamento durante alguns quilómetros.

Depois, durante a viagem, feita a horas demasiado matutinas somente alguns contactos com camionistas que na sua actividade profissional se deslocavam pelas grandes vias europeias.

Já mais perto de Badajoz, quando Elvas ficava para trás e a fronteira (fronteira?) à vista foi estabelecido o primeiro contacto com os cebeístas pacenses (habitantes de Badajoz) que acolheram com entusiasmo a chamada daquele português que se deslocava para a sua terra.

Primeiro foi a estação K5, operador Pedro, que se soube mais tarde estar permanentemente em escuta na estação a funcionar no seu local de trabalho, um quiosque numa movimentada rua de Badajoz; depois uma segunda estação, a seguir mais outra.

Quando demos por nós uma boa dezena de estações de rádio CB nos estavam saudando, encaminhando para um café onde habitualmente se juntavam, convidando-nos para um pequeno almoço na inesperada mas muito amiga companhia de diversas estações rádio CB da cidade de Badajoz. Depois foi a algazarra do encontro, a troca de opiniões de "como vai a Banda do Cidadão" nos dois países vizinhos, dos sonhos de realização de actividades se possível em comum.

Fraterna amizade se sedimentou de uma forma algo inesperada, mas que a Banda do Cidadão é fértil em possibilitar, quando o espírito da sua utilização é precisamente o de derrubar as barreiras da incomunicação que ficticiamente a sociedade cria entre as pessoas.

A promessa de voltar foi feita. A sua concretização uma realidade.

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