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quarta-feira, fevereiro 04, 2004

uma resposta sem saber a pergunta

A minha amiga Cathy, do Despenseiros da Palavra, colocou o seguinte comentário ao meu post do passado dia 3 de Fevereiro, com o título Os Corvídeos do Pinhal:

Inacreditável!!! Quem diria que ao escrever esse texto alguém estaria mandando a resposta sem nem saber a pergunta... Isso é maravilhoso!!!

Qual a razão deste comentário?

O post referido foi resultante da rescrita de um texto com alguns anos, que contém uma dúvida que me tem acompanhado fruto da observação da vivência dessas aves, que sempre as observo a voarem em trio, e foi colocado na Oficina das Ideias cerca das 13:01, hora de Lisboa.

Passados menos de 15 minutos, chega o carteiro e me entrega a volumosa correspondência como todos os dias acontece. Entre as diversas cartas uma “carta mundial”, vinda do Brasil, contando uma gentil oferta da minha amiga Cathy: o livro de crónicas A Mulher Madura, da autoria de Affonso Romano de Sant’Anna.

Fiquei, obviamente, satisfeito. Li a afectuosa dedicatória e guardei para mais tarde a leitura do livro. Isso aconteceu cerca das 16 horas. Logo na segunda crónica, intitulada Como namoram os animais, li:

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Mas é entre os corvos que acontece uma relação triangular cheia de dramas metafísicos e existencialistas. Porque se há carência de macho, as fêmeas ritualizam entre si o seu incontido amor. E se cortejam e se seduzem até que uma das fêmeas passa a exercer o papel masculino. E tanto é o amor, que a outra choca e bota ovos, que por serem estéreis não resultam. Mas não termina aí o romance. Se surge atrasadamente o macho e começa a namorar uma fêmea já em estado de acasalamento “homossexual”, não conseguirá desligar as duas amadas. Terá que compor com elas um menage à trois, tendo que cuidar das duas ninhadas.
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Tem toda a razão, a minha amiga Cathy, no comentário que fez.

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