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sexta-feira, março 19, 2004

dia de todos os pais

Já lá vão alguns anos, um Amigo, daqueles que sempre se escrevem com A grande, incentivou-me a escrever umas breves notas diárias que traduzissem a vivência do dia-a-dia de um caparicano, embora adoptivo, a trabalhar no bulício de uma cidade como é Lisboa.

Este desafio, melhor o incentivo para esta tarefa que se iria mostrar gigantesca nasceu numa conversa de bar, embora um bar de culto, onde muitos escritores foram juntando palavras umas às outras para criarem belos textos e os espiões conspiraram e transpiraram no decorrer da II Grande Guerra Mundial. Falo do British Bar, no coração do Cais de Sodré, em Lisboa.

Estes modestos escritos foram iniciados a 1 de Dezembro de 2000 e porque nessa data é aniversariante o pai desse meu Amigo, nada mais adequado do que homenagear o progenitor de quem me havia incentivado a escrever.

Então, no dia 1 de Dezembro de 2000 tenho o seguinte registo:

O pai mais do que uma referência, é a nossa memória. Memória do que fomos e do que vivemos mas já não recordamos. Memória do nosso crescimento e formação, memória do tempo e de gentes que permanecem no nosso imaginário mas cujos contornos temos dificuldade em visualizar com nitidez. Quando perdemos o Pai muito do que somos se perde também. A razão de continuarmos a viver está no facto de sermos também, para os nossos filhos, mais do que uma referência, parte importante da sua memória.

Aqui deixo a minha singela homenagem aos pais de todo o mundo, abstraindo-me de quaisquer outras considerações, e só pelo facto de algum dia terem participado no mais importante momento de cada ser humano, a gestação de outro ser humano.

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