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segunda-feira, março 15, 2004

do fundo do baú das memórias

Relembrar algumas das memórias que se encontram bem lá no fundo do baú onde guardamos recordações de situações vividas há muito ou que nos foram contadas pelos mais velhos


Lisboa parecia-me ficar tão longe

Quando ao doze anos mudei de escola, fui frequentar o então designado Curso Comercial na Escola Comercial Veiga Beirão em Lisboa, essa mudança representou uma profunda modificação na minha vida de criança a caminho da adolescência, especialmente, por uma alteração profunda no ambiente escolar.

A escola situava-se numa zona histórica da cidade, paredes meias com a Baixa Pombalina, a dois passos do Chiado dos grandes armazéns e da Brasileira, café de culto, e mesmo ao lado do Convento do Carmo e do quartel da Guarda Nacional Republicana.

O portão principal da escola, em cujo edifício funcionou séculos antes a primeira Universidade de Lisboa, dava directamente para o Largo do Carmo, onde dezoito anos depois se situaria o cenário principal do glorioso e libertador 25 de Abril.

Uma viagem de trem de caminho e ferro mais longa, o ir estudar para a cidade de Lisboa, acompanhado de poucos colegas do percurso escolar anterior, um espaço físico e pessoas totalmente desconhecidas provocaram-me algumas apreensões que o passar do tempo tratou de desvanecer.

Uma disciplina, que de há muito deixou de ser curricular, me marcou profundamente pelas suas características específicas e pelo facto dos conhecimentos que nela adquiri me terem acompanhado até hoje. Trata-se da disciplina de Caligrafia, onde no decorrer de um ano lectivo aprendemos a escrever com letra francesa e letra inglesa, utilizando canetas e aparos apropriados. Ainda hoje me delicio a pôr em pratica saberes adquiridos já lá vão mais de quarenta e cinco anos.

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