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sábado, março 13, 2004

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


Foto-poema de Solidariedade

_ Cada vez as tuas fotografias estão mais próximas de poemas. Sinto-me encantada quando as vejo e estou sempre ansiosa de ver uma nova imagem por si obtida nessas longas caminhadas.
_ São seus olhos que assim a vêem minha querida amiga.
_ Olhe aquela fotografia do nenúfar... bem mereceu o escrito que sua amiga poetisa escreveu.
_Sabe que tenho um projecto para aquele foto-poema?
_ Me conte, sempre me surpreende!


Nesta conversa lá foram calçada acima, o Fotógrafo que tanto gosta de juntar palavras e dar-lhes algum sentido na companhia da Escritora cujos olhos têm a capacidade de reter as mais belas imagens.

Pena foi que se tivesse perdido o registo da sequência da conversa. Pois dali viria, por certo, uma ideia altruísta, quem sabe, se através da venda de um número restrito daquele foto-poema, só para coleccionadores e gente solidária não se obteria alguma verba destinada a minorar carências de gente mais desprotegida.

_ Com isso minha querida Escritora, a blogoesfera ganharia um estatuto de verdadeira utilidade pública. Deixaria de ser, exclusivamente, um meio para cada qual se expressar com inteira liberdade sobre os assuntos do seu interesse e saber e passaria a ser um local gerador de Solidariedade.
_ Você consegue entusiasmar-me com essa sua ideia. Desejo tanto que encontre o apoio que deseja!


A Escritora ainda tem pela sua frente, neste dia que agora começava a clarear uma longa tarefa. Irá dar formação a um grupo de técnicos de saúde sobre esgotamento sanitário, com o objectivo de que aqueles na sua acção junto das famílias do bairro deixem lá esse saber, tão importante para a melhoria das condições de vida.

_ O projecto em que ando agora envolvida a tempo inteiro chama-se “Artesanear”!
_ Que interessante designação, de facto...
_ Os meninos da rua são muito sensíveis às artes mais simples, e logo aproveitamos para lhes transmitir conhecimentos básicos de saúde e de saneamento. É um trabalho muito gratificante.


O dia mostrava-se límpido. Os jasmineiros lançavam no ambiente todo o seu delicioso aroma. No ar parecia ouvir-se música de Mozart.

Chegou a hora de o Fotógrafo e de a Escritora se despedirem, com um habitual
_ Até já!!

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