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quinta-feira, abril 29, 2004

a alegria do povo húngaro

A propósito da Europa em ampliada que se avizinha, foram publicadas na revista Visão de 29 de Abril último diversas crónicas tendo-me chamado a atenção a escrita por Paulo Chitas, intitulada “O Trote da Tristeza” e que evoca o que o autor considera a secular tristeza do povo magiar.

Curiosamente, do que conheço desse povo tão especial, até mesmo na língua que fala, tenho uma opinião completamente diferente. Acho o povo magiar extrovertido e alegre, o que lhe tem permitido resistir aos sucessivos eventos históricos em que a ocupação dos seus territórios por forças exteriores está sempre presente.

Tive oportunidade de visitar pela primeira vez Budapeste em Outubro de 1990. no dia em que se realizavam eleições legislativas, que aliás tiveram que ser repetidas passados 15 dias por motivo de falta de quorum.

O movimento nas ruas e nos principais locais de concentração de gente na cidade, como seja o caso da estação central de caminho de ferro, era intenso e não encontrei essa tal “tristeza secular”.

Por circunstâncias da visita fui acolhido no aeroporto Budapest Ferlhegypor uma amiga húngara, a Hanna, portadora de um belo ramo de flores. O nosso conhecimento tinha sido resultante de contactos via rádio CB (radioamadorismo) e ela esperava-me com a alegria espelhada no rosto.

A alma magiar é melancólica por natureza. Mas não há lugar à tristeza, antes extravasam alegria especialmente quando dançam, e dançam, e dançam. Convivem nas esplanadas e nos bares, mas também jogam xadrez enquanto se banham nos tradicionais balneários públicos.

E quando lhes dizemos que somos de Portugal não se limitam a responder _Eusébio!, _Amália mas lançam o olhar para longe, para os lados do Oceano Atlântico e dizem; _Portugália, _Portugália!

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