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sexta-feira, abril 30, 2004

um metro de vida

O metropolitano, o último daquela noite, parou inesperadamente num troço situado entre duas estações, quando transportava unicamente nove pessoas. A avaria grave, que longas horas levou a reparar não carece de maiores explicações, assim como não tem que ser justificada a não actuação dos serviços de emergência.

Porque o importante é confrontar vivências e sentires e até quereres quando sujeitos a grande pressão psicológica de nove seres tão diferentes reduzidos à igualdade de se encontrarem reféns de uma carruagem de metropolitano avariado.

Num interessante discurso na pura linha saramaguiana, sem plágios mas absorvendo um estilo de escrita que já faz escola em Portugal e no estrangeiro, Nuno Gomes dos Santos deu à estampa o seu mais recente romance, “Um Metro de Vida”, da editora Hugin..

A apresentação do livro feita pelo crítico Viriato Teles, o prefácio é da autoria de Urbano Tavares Rodrigues, foi um encontro de amigos que há alguns anos vêem acompanhando o desenvolvimento da carreira de escritor do Nuno, que teve antes um interessante percurso de 17 anos pelas redacções dos jornais lisboetas.

É um romance sério, consciente da importância da intervenção social dos escritores, mas também um espelho de um escritor que é um observador atento dos nossos tempos e das preocupações de um Povo que sofre. É um romance autenticamente português, de profundo conteúdo social mas onde o humor do Nuno Gomes dos Santos ajuda a “levar a carta a Garcia”. A mensagem chega mesmo onde pretende chegar.

No final da apresentação o Nuno Gomes dos Santos foi brindado com algumas interpretações musicais executadas por alunos da Escola de Guitarra Clássica da Costa de Caparica o que o deixou muito sensibilizado, ele também homem das músicas e do canto (livre).



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