quinta-feira, abril 15, 2004
uma semana depois...
De novo Saramago
Uma semana depois de ter estado com o escritor José Saramago, aquando da apresentação do seu último livro Ensaio sobre a Lucidez, e numa altura em que ele já terá realizado mais de uma vintena de sessões um pouco por todo o País, volto a falar no escritor português Nobel da Literatura.
Ainda sobre a questão do voto, votar para a Assembleia da República, votar para as Autarquias, votar para o Presidente da República, votar para o Parlamento europeu, que parece ser o símbolo máximo da democracia, José Saramago levanta muito conscientemente a questão: _Há algo mais em que podemos intervir e não o fazemos?
O cidadão comum não pode chegar ao poder económico, não o pode influenciar ou determinar as suas consequências. Contudo, é o poder económico que coincide com o poder financeiro e não o voto popular que está nas democracias europeias a determinar o caminho dos países e, consequentemente, dos Povos.
Quem domina o poder económico, quem domina o poder financeiro, o FMI, com cinco “cérebros” designados pela mesma potência não é eleito democraticamente, é nomeado. _Os governos não passam de comissários políticos do poder económico.
Saramago que está traduzido em 45 línguas e publicado em 58 países, diz não estar disponível para polémicas, donde considera que não existe sequer qualquer polémica à volta do seu último livro por falta de polemista. Quanto às vozes de quem se levanta contra a sua obra, alguns sem sequer a terem lido, e negando-se determinantemente a fazê-lo, afirma: _Ainda não nasceu quem me conseguirá calar!
José Saramago considera que a democracia está totalmente bloqueada pelo poder económico. Segue cegamente directrizes de quem nada tem a ver com o que se passa na vida real. Vivemos num equívoco pois a democracia é um ponto de partida e não de chegada como a classe política quer fazer ver.
Uma semana depois de ter estado com o escritor José Saramago, aquando da apresentação do seu último livro Ensaio sobre a Lucidez, e numa altura em que ele já terá realizado mais de uma vintena de sessões um pouco por todo o País, volto a falar no escritor português Nobel da Literatura.
Ainda sobre a questão do voto, votar para a Assembleia da República, votar para as Autarquias, votar para o Presidente da República, votar para o Parlamento europeu, que parece ser o símbolo máximo da democracia, José Saramago levanta muito conscientemente a questão: _Há algo mais em que podemos intervir e não o fazemos?
O cidadão comum não pode chegar ao poder económico, não o pode influenciar ou determinar as suas consequências. Contudo, é o poder económico que coincide com o poder financeiro e não o voto popular que está nas democracias europeias a determinar o caminho dos países e, consequentemente, dos Povos.
Quem domina o poder económico, quem domina o poder financeiro, o FMI, com cinco “cérebros” designados pela mesma potência não é eleito democraticamente, é nomeado. _Os governos não passam de comissários políticos do poder económico.
Saramago que está traduzido em 45 línguas e publicado em 58 países, diz não estar disponível para polémicas, donde considera que não existe sequer qualquer polémica à volta do seu último livro por falta de polemista. Quanto às vozes de quem se levanta contra a sua obra, alguns sem sequer a terem lido, e negando-se determinantemente a fazê-lo, afirma: _Ainda não nasceu quem me conseguirá calar!
José Saramago considera que a democracia está totalmente bloqueada pelo poder económico. Segue cegamente directrizes de quem nada tem a ver com o que se passa na vida real. Vivemos num equívoco pois a democracia é um ponto de partida e não de chegada como a classe política quer fazer ver.