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domingo, maio 09, 2004

a arte de sublinhar

Quando numa simples folha branca junto letras e palavras, procuro formar frases e dar-lhe algum sentido, quer se trate de prosa ou de poesia, deixo correr a pena ao sabor da inspiração e, muito raramente, corrijo o que saiu à primeira espontaneamente.

Por vezes efectuo um retoque ou outro, mais em termos de harmonia da frase do que do seu real conteúdo. Mas o escrito só ganha efectivamente vida quando um leitor atento e amigo o lê.

Acontece, então, que num texto em que todas as frases têm para mim a mesma importância, o leitor encontra necessidade de efectuar um sublinhado, pois algo o sensibilizou de forma mais profunda. Recebi nota de dois sublinhados que considero esplendorosos, pois valorizaram de forma sublime duas frases que escrevi algures.

Da Montse, minha querida amiga da Catalunha recebi este sublinhado:
As pétalas das mais belas rosas do meu jardim
Juntaram-se em harmonia para desenhar tão bela boca


Por seu lado, a Alfonsina, querida amiga que na Venezuela vive sublinhou:
Guardar na memória o percurso infindável por terras e mares, por sentires e quereres, sem idioma nem bandeira

Que melhor reconhecimento eu poderia desejar?

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