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segunda-feira, maio 10, 2004

do fundo do baú das memórias

Relembrar algumas das memórias que se encontram bem lá no fundo do baú onde guardamos recordações de situações vividas há muito ou que nos foram contadas pelos mais velhos


A espera

Escrevinhava eu singelos textos para colocar na Oficina das Ideias quando, sem saber de razões, se me apresentou à curiosidade o “meu baú de memórias”. Pediu-me que o abrisse e assim o fiz.

Fiquei, então, deveras surpreendido por, passado meio século sobre os acontecimentos, os mesmos se apresentarem ali com toda a frescura original, avivando-me memórias há muito perdidas. Na verdade, vasculhando alçapão após alçapão, destapando mais uma caixa que dentro de outra se encontrava, fui libertando recordações e tendo a felicidade de as partilhar neste espaço.

Numa caixinha, factos passados nos meus primeiros anos de vida, dois anos? Quatro anos de idade? Depois a ida para a escola primária e o mundo que na época me rodeava que ao levantar uma tampa me surgiram claramente na lembrança. A seguir as primeiras saídas da aldeia, sim da aldeia da Amadora, para a escola da Cruz da Pedra. Noutro espaço do baú encontravam-se os factos dos meus doze anos e alguns tempos depois.

Dei, por essa altura, comigo a tentar abrir novas portas ou mesmo janelas que fosse das minhas memórias e a não conseguir fazê-lo. Um bom conselheiro segredou-me: _Dá tempo ao tempo! Verás que outras lembranças virão...

E aqui estou eu a dar tempo ao tempo. Esse tempo que passa tão fugidio, por vezes tão lento no seu eterno caminhar. Vou esperar. Se a oportunidade surgir, continuarei a minha partilha com quem me quiser ouvir.

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