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segunda-feira, julho 26, 2004

a arte de viver - tempos de degustação

Hoje sou bairradino

Quando se pergunta a um francês qual o melhor vinho do mundo, ele não hesita em dizer que é o vinho francês. O mesmo acontecerá com um espanhol, um italiano ou com um português. O vinho do seu país é, sem qualquer dúvida, o melhor do mundo.

Numa outra dimensão geográfica e se nos concentrarmos nesta estreita faixa territorial que dá pelo nome de Portugal também consoante a nossa origem natal assim se situa a nossa preferência. Vinho de excelsa qualidade? É o do Douro; não, é o dos amplos vinhedos alentejanos; não, é o néctar da Península de Setúbal; não, é o borbulhante vinho da Bairrada.

Cada vinho tem o seu encanto. Cada região a sua magia. Cada país as suas gentes.

Hoje sou bairradino, pois...

Nove horas da manhã já fervilhava emoção junto à garrafeira do Jumbo Almada Fórum que tivera a iniciativa de retirar à canícula destes dias uma mão cheia de casais, clientes seus como óbvio é, e levá-los até à frescura das profundezas das Caves Aliança situadas em Sangallhos, em pleno coração da Bairrada.

Recebidos pelo António Sousa, homem que tem levado em frente um conjunto de iniciativas pioneiras no campo do negócio de vinho de qualidade - recorde-se o workshop ainda há pouco conduzido pelo saber do mestre enólogo Vasco Penha Garcia, da JP Vinhos, uma iniciativa do Jumbo Almada Fórum – embarcámos num autocarro rumo à Bairrada.

Passados poucos quilómetros, junto às instalações do Jumbo Alfragide - não pude deixar de recordar o amigo Carlos Fiuza, companheiro das primeiras andanças na rota das provas de vinhos – embarcou o Pedro Dias, das Caves Aliança, que na companhia de uma bonita funcionária das mesmas Caves, de quem falaremos mais tarde, nos iriam conduzir pelo emaranhado de túneis e subterrâneos onde repousam milhões de garrafas do delicioso espumante bairradino.

Companhia completa, ala que se faz tarde, rumo à Bairrada. Viagem longa em quilómetros e no desejo de chegar. Viagem curta no convívio e no fomentar de amizades.

Chegados a Sangalhos, às instalações das Caves Aliança, fomos recebidos pela Maria do Céu, de quem já escrevemos a adjectivação que confirmamos. Beirã, por certo, simpática e conhecedora q.b., sempre fica algum saber para o enólogo Francisco Antunes, um mestre em vinhos e na partilha do saber.



Pedro Dias e Maria do Céu proporcionaram-nos então a degustação de um Espumante Aliança Branco Bruto Reserva 2001. “Bruto sou eu e não tenho tamanha delicadeza”. Um aperitivo celestial!



Almoço servido por uma equipa extraordinária no salão de banquetes com a curiosidade de os respectivos candelabros apresentarem a forma do brasão das Caves Aliança. Já não refiro a confecção, pois não tenho o direito de “criar água na boca” aos meus dedicados leitores. Cabidela de Miúdos de Leitão. Acompanhado pelo monocasta Aliança Galeria Bical 2003. Um branco do ano, feito exclusivamente com a casta Bical, tradicional da região, e que recebeu o aplauso por unanimidade dos convivas.



O Leitão à Bairrada, prato de “fortaleza” da refeição apresentou-se morno, assado na conta e estaladiço. Só poderia ser acompanhado por um espumante à altura. Espumante Aliança Tinto Bruto.

Em próximos posts sob o genérico “A Arte de Viver” apresentaremos notas de prova, algumas sobre vinhos que ainda não foram lançados no mercado e daremos conta da nossa visita às “profundezas” de Sangalhos.



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