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sexta-feira, agosto 13, 2004

marcas da história

Sou um apaixonado pelas marcas da história e da vida das gentes que passaram por este planeta de encantamento. Planeta azul quando de longínquo espaço observado, embora seja a cor verde a que mais me seduz e os tons negros da guerra os que mais me repugnam.

Quando a oportunidade surgiu percorri longamente os campos de Stonehenge absorvendo o ar húmido e estranho que o rodeia, deixando o meu olhar percorrer caminhos do passado ao encontro de quem tão importante monumento erigiu. Observatório astronómico? Espaço religioso e iniciático?

Na verdade, me perdi em meditação de como seria a vida de antanho, que homens seriam aqueles que tal obra tinham tido capacidade de criar, tanto mais com os parcos recursos tecnológicos que possuíam. Mas todo o ar que ali se respira está impregnado de esoterismo e sempre se espera encontrar um druida ao virar de um megalito.



Tempos passados, pela terras do Almendre, nas amplas planuras do Alentejo, fui surpreendido pela magia de um cromeleque que me levou até aos tempos em que os homens observavam os astros e meditavam na sua razão de existir.

Sentiam-se pequenos e dependentes de forças que não controlavam. Mas acima de tudo colocavam os afectos e o pensar profundamente nas forças da Natureza. Eles próprios “natureza” e “força”, o encantamento da existência.

Muitos séculos depois, o homem julgou-se “senhor do Mundo” e encetou a sua caminhada de destruição de tudo que se lhe opõe, do seu próprio semelhante, e das forças que não entende.



Sou um apaixonado pelas marcas da história e da vida das gentes. Não sou especialista nestas coisas mas gosto de aprender. Fiquei surpreendido com uma notícia recente:

O conjunto megalítico transferido do Alqueva para as terras de Monsaraz, em resultado da obra hidráulica recentemente realizada, conhecido como cromeleque do Xerez, encontra-se sob suspeita de ser falso.

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