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terça-feira, agosto 24, 2004

a minha opinião

O preço de tudo e o valor de nada

Não é a primeira vez que esta polémica surge, tendo tomado no caso presente contornos que nos levam a outros tempos e a outras tecnologias, sem que a problemática de fundo alguma vez tivesse sido resolvida.

O Comandante dos Bombeiros Voluntários de Poiares é acusado por uma equipa do INEM de actuar fora das suas competências e criando obstrução aos serviços de socorro institucional. O Comandante dos Bombeiros Voluntários de Poiares, acusa uma equipa do INEM de ser tardia na resposta e de pretender impedir que os bombeiros chegando primeiro ao local do acidente façam a intervenção adequada.

E qual é a situação do sinistrado ou do acidentado?

O Comandante dos Bombeiros Voluntários de Poiares apelou a todos os automobilistas para que quando programassem uma viagem incluíssem nessa programação uma listagem de telefones dos diversos quartéis de bombeiros voluntários que se situem no percurso. Na certeza que dessa forma o socorro potencialmente necessário responda de forma mais atempada do que com o recurso ao telefone nacional de socorro – o 112.

Grave desentendimento este que surge numa época em que, quer o INEM, quer os quartéis de bombeiros voluntários estão equipados com os mais avançados meios de comunicação rádio.

Já lá vai o tempo, época em que se conhecia o valor de tudo e o preço de nada, em que o voluntarismo de um punhado de homens e de mulheres, mais de 30.000 no nosso País, com o recurso a um meio de comunicação rádio de TODOS, a Banda do Cidadão, ajudaram a salvar milhares de vidas com informações atempadas da verificação de acidentes na rede rodoviária.


equipamentos deste tipo já ajudaram a salvar milhões de vidas em todo o mundo


Era a época em que a grande maioria dos quartéis de bombeiros voluntários faziam escuta no canal 9, canal de emergências da Banda do Cidadão, e aí recebiam os apelos de urgência dos milhares de veículos automóveis que circulavam nas nossas estradas equipados com rádio CB.

Porque continuamos a insistir em não valorizar o voluntariado?

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