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sábado, agosto 21, 2004

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


Cada dia é tempo completo

No virar da esquina da vida, naquele ângulo que nunca permite se consiga ver o que se seguirá, o Fotógrafo encontrou caminho esplendoroso de luz e cor que não podia deixar de partilhar com a Escritora, ela que havia retirado a cortina de nebulosidade que impedia a sua visão plena.

Os trilhos da vida são assim. Por muito escuros que possam parecer sempre a força do querer os pode iluminar. No local do costume, do habitual encontro, do cruzar de sentires, o Fotógrafo se encontrou com a Escritora.

_Então como está, meu querido amigo e inspirado Fotógrafo?
_Inspirado? Bebo inspiração em seus escritos.... Estou bem sim...
_E o porquê das reticências?
_Já sabe o porquê...

_Sabe, querida Escritora? O futuro de quem tem o seu passado tranquilo é sempre luminoso... Por muito que tenha sempre para fazer o tempo que já passou foi tempo de realização... O tempo perdido foi aquele em que podia ter aprendido mais do que aprendi... mas isso já nada pode ser feito para remediar.

_O meu amigo Fotógrafo foi sempre um homem de esperança... será que o estou a sentir com medo do futuro?
_Não minha querida, não tenho medo do futuro....cada dia que passa, cada dia que está para vir é um tempo completo... do tamanho de todo o passado...
_Quer concretizar?
_Faço projectos de uma vida que são dias completos, dia a dia....

O sorriso que trocaram, suave, quase imperceptível, era o sinal de profunda cumplicidade.

E lá continuaram calçada acima...

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