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sábado, agosto 28, 2004

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


A importância dos amigos

Lado a lado, caminhando calçada acima como tantas vezes ocorrera nos tempos passados, o Fotógrafo e a escritora pareciam ausentes, por certo mergulhados em pensamentos divergentes pois, sempre que a convergência era conseguida, partilhavam sentires e quereres mesmo que nem uma palavra fosse pronunciada.

O Fotógrafo quebrou o silêncio:

_Sabe querida amiga? Estou para aqui calado pois tenho estado a meditar num assunto que sempre me foge a conclusão.
_Do que se trata? Desabafe comigo, sempre podemos encontrar um caminho em conjunto.

_Pensava sobre a reacção dos amigos quando nos sabem doentes, especialmente, quando a doença é grave.
_Não entendo...

_Olhe! Há amigos que quando nos sabem doentes nos mimam de tal forma anormal que nos sentimos mal... logo pensamos que eles nos julgam bem perto do fim...
_E os outros?

_Os outros afastam-se para bem longe, negam uma palavra de apoio, esquecem...
_Mas estes últimos serão mesmo amigos?

Lá continuaram a caminhada de novo no silêncio dos seus pensares agora, por certo, já convergentes como a maioria das vezes acontece quando caminham juntos.

_Sabe querida Escritora? O mais importante para quem se encontra doente é viver totalmente numa perspectiva de que melhores dias virão.
_Concordo plenamente!

_Os amigos ajudam muito vivendo connosco intensamente....
_E assim as probabilidades de cura serão muito maiores.

A manha começara nebulosa e pardacenta, mas agora o sol voltou a brilhar com todo o seu esplendor, criando longas sombras na calçada por tão baixo que se encontra.

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