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quinta-feira, setembro 16, 2004

relembrar... para avançar

Timor Loro Sae

Povo timorense com longos anos de atroz sofrimento
Que deu têmpera ao corpo e ao espírito
Na luta sem quartel pela Liberdade
Pelo direito de ser senhor do seu tempo e do seu muito querer
Sujeito à tirania de gente vil e sem sentir
Mas também ao esquecimento e abandono
Dos senhores do mundo e dos outros.

Povo timorense pobre, miserável mesmo
No sentir de gente que só os bens materiais interessa
Mas rico e prenhe de valor profundo
Que quando pôde manifestar todo o seu querer
Deu exemplo ao mundo e às gentes
Obrigando a sentir solidário quem não era mais do que indiferente
Obrigando à evidência de onde se encontram os verdadeiros
Os reais valores de humanidade, de construção

Povo timorense alforge de sementes do Mundo Novo
Valores fundamentais para modificar profundamente uma sociedade
Que de tudo conhece o preço
Mas que desconhece o valor seja do que for
Duma sociedade que urge alterar o destino
Pois destrói-se a si própria pela cegueira de quem não quer ver
Numa ânsia de acumular riqueza para poucos, muito poucos
Sacrificando cada vez mais “povos timorenses”

O Povo timorense forjado na luta, no sofrimento e no querer
Renascerá da sua profunda convicção de Liberdade
Será a semente o Mundo Novo, do Homem Novo
Única solução para um universo sem finalidade
Que na riqueza e no poder vê o seu fundamento
Mas que aí só encontrará destruição e morte
O Povo timorense será a bússola e a luz
Que traçarão o caminho da Solidariedade e do Amor

Escrito em grande sofrimento em 14 de Setembro de 1999

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