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sábado, setembro 25, 2004

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


A Primavera já chegou

A Primavera aí está em todo o seu esplendor das terras do Sul. Os jardins parecem mais animados, os beija-flor esvoaçam na agitação do chamamento da criação para a procriação, os jasmineiros começam a florir impregnando o ar que respiramos com o seu delicioso aroma. No jardim fronteiro ao oceano, o Fotógrafo e a Escritora fazem uma pequena paragem antes de encetarem sua caminhada calçada acima.

As cidades vivem o bulício próprio de uma campanha eleitoral que se encontra no auge da sua realização. O Povo está envolvido como nunca. Ganhou uma nova noção de cidadania e sente a importância da sua palavra para o futuro do País. Não é alheia a este facto a circunstância de o Presidente ser um homem do Povo como eles próprios.

Uma coisa é certa, todos estão de acordo, comenta-se amiúde, Lula trouxe ao povo brasileiro uma nova esperança, gosto por viver e muita auto-estima. Fez com que o Povo sinta a importância de sua cidadania.

O Fotógrafo recordou que há muito pouco tempo rinha assistido ao lançamento de um livro escrito por um amigo seu, cujo título é “Uma mosca na vidraça” e comentou:

_Sabe querida amiga, o título deste livro contém a imagem da mosca que fica estupefacta quando pretendendo sair pela janela, embate na vidraça, algo que não compreende...
_Pois o mesmo acontece com o Povo quando lhe tiram a liberdade, até de pensar...
_Tem razão. A mosca procura uma saída que não consegue encontrar embora lhe pareça que nada a impede de o fazer...
_Tal como o Povo, anos a fio, reprimido, perde a auto estima e desiste...

Já haviam entrado na calçada. O rosto das pessoas que aquela hora matinal se deslocavam para os seus empregos espelhavam, se não alegria, pelo menos esperança. Era evidente como agora caminhavam de cabeça levantada, já não de olhos baixos como que envergonhados de si próprios.

_Repare, minha querida Escritora, no ar de esperança desta gente...
_Sabe, que penso que mesmo sem a tal vidraça esta gente durante muitos anos já não se atrevia à liberdade, temendo bater com a cabeça no vidro....
_Acredito sim... Mas Lula, homem do Povo como eles teve a clarividência de lhes dizer que o vidro já lá não está...
_Esta criançada vai, tenho a certeza, ajudar na construção de uma nova mentalidade, com afectividade e solidariedade...

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