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sexta-feira, setembro 17, 2004

um exercício de escrita

É puro atrevimento intelectual. Desde já me penitencio perante os meus leitores amigos por ter entrado por este caminho. Mas não resisti à tentação do pensamento.

A partir de um singelo poema que já aqui publiquei, resolvi reescrevê-lo. Como? Mantive o poema original que aqui apresento a negrito. Acrescentei sílabas a cada um dos versos tentando não alterar o sentido global do poema.


O Romeiro

O romeiro amparado no bordão das terras do longe chegou
Cansado dos rumos do sem fim percorridos na ânsia do saber
Fita com o olhar vago o infinito e a solidão o sinal que sempre procurou
Onde arde a chama que não vê mas sabe existir, a chama do muito querer.

No sentir do amor passado mas sempre vivo em seu pensar e sentir
Encetou o romeiro a longa caminhada em terras do sem fim
Por tortuosos desfiladeiros e atalhos, veredas e trilhos do devir
Na busca da imagem querida e adorada com o odor do jasmim.

No rosto marcado pelo suor e pelas lágrimas, pelo tempo a passar
Surge, por vezes, uma réstia cor de esperança, no pensar e no sentir
Aquela que sempre o acompanhou neste tão longo caminhar
E o doirado Sol das planuras imensas que nunca alcançou mas que irá agora atingir.

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