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sábado, outubro 23, 2004

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


O regresso está para breve

A ocupação, as tarefas, as responsabilidades e os compromissos do dia-a-dia são na verdade um turbilhão de sentires da vida da Escritora que não perde, contudo, a oportunidade de registar imagens de quotidiano das pessoas que diariamente percorrem a calçada, acima e abaixo, como tantas vezes já o realizou na Companhia do Fotógrafo.

Hoje sente-se só, desacompanhada da presença e das palavras do Fotógrafo “calçada acima” no ”Sentir o Povo que Sofre”, sentir cada desejo e cada carência, cada perspectiva de realização, para a qual só falta mesmo uma pequena ajuda. Como estava previsto o Fotógrafo partiu. Em breve regressará por certo.

O diálogo afável que mantinham deu lugar ao monólogo. Monólogo muito especial pois decorria exclusivamente no cérebro, no pensar, no recordar da Escritora enquanto lentamente percorria a calçada. Com que destino?

A Escritora recordou os importantes tempos em que entre os dois se desenvolveu interessante parceria, estórias criadas e desenvolvidas em permanente cumplicidade. E os projectos de publicação e promoção dos seus poemas, que o Fotógrafo sempre dizia serem maravilhosamente inspirados. Quantos projectos concretizados e outros tantos para serem um dia concluídos. Tudo isto num curto espaço de tempo, menos de um ano.

Como o fotógrafo ganhou o hábito de dizer:
_Agora tenho que ir cumprir as obrigações que tenho para com o meu corpo. Estou tranquilo.

A Escritora sabe que no momento combinado uma forte cadeia de solidariedade atravessará todo o Universo criando uma onda de energia positiva que não só irá aproveitar ao Fotógrafo como a todos os elementos dessa cadeia única. Como o Fotógrafo costuma dizer, meio a sério, meio a brincar:
_Até um descendente cósmico fará parte de tamanha corrente de energia... Coisa nunca vista!

Lá longe o Fotógrafo pensa em quanta inspiração tem a Escritora e fixa-se num único verso:

“Voo sobre as minhas memórias, sobre meus risos”


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