sábado, outubro 09, 2004
sentir o povo que vive
O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.
Uma lágrima furtiva
A cidade regressou ao seu ambiente normal. Muita agitação, muita azáfama, sentires próprios de um povo laborioso, mas a exaltação e a festa, agora que as eleições para a Prefeitura haviam sido concluídas, fazem parte do passado próximo. Exaltação que deu lugar à tranquilidade de quem sabe que tem o futuro nas suas mãos e que o “condutor” é a pessoa mais indicada, é pessoa de bem.
A Escritora mostrava-se animada não só pelos resultados das eleições para os quais tinha contribuído activamente, como também por ter visto reconhecido publicamente o projecto Artesanear, que continha muito da sua inspiração pessoal, muito embora os nomes referenciados tivessem sido, como muitas vezes acontece em situações semelhantes, os seus superiores hierárquicos.
O Fotógrafo, por seu lado, apresentava o semblante algo apreensivo.
_Então meu caro amigo, como está?
_Sinto-me bem, mas não estou bem, como muito bem a minha querida amiga sabe.
Era uma resposta recorrente que a Escritora já ouvira em outras ocasiões. Contudo, era uma resposta que emanava optimismo e que transformava qualquer sentimento de comiseração num hino à esperança. Veio à lembrança da Escritora aquela situação passada entre o Fotógrafo e uma sua amiga de longa data quando lhe comentava:
_Querido amigo, que doença grave se chegou a ti...
_Minha querida, antes a mim do que a ti própria...
_???
_Com a doença sei que eu próprio como lidar, temia que o mesmo não se passasse contigo...
Uma lágrima furtiva rolou-lhe pelo rosto. Sabor a sal quando lhe aflorou aos lábios. Depois o retomar da caminhada, pois o Fotógrafo já estava embrenhado no sentir do povão que caminhava matinalmente para os seus afazeres.
Uma lágrima furtiva
A cidade regressou ao seu ambiente normal. Muita agitação, muita azáfama, sentires próprios de um povo laborioso, mas a exaltação e a festa, agora que as eleições para a Prefeitura haviam sido concluídas, fazem parte do passado próximo. Exaltação que deu lugar à tranquilidade de quem sabe que tem o futuro nas suas mãos e que o “condutor” é a pessoa mais indicada, é pessoa de bem.
A Escritora mostrava-se animada não só pelos resultados das eleições para os quais tinha contribuído activamente, como também por ter visto reconhecido publicamente o projecto Artesanear, que continha muito da sua inspiração pessoal, muito embora os nomes referenciados tivessem sido, como muitas vezes acontece em situações semelhantes, os seus superiores hierárquicos.
O Fotógrafo, por seu lado, apresentava o semblante algo apreensivo.
_Então meu caro amigo, como está?
_Sinto-me bem, mas não estou bem, como muito bem a minha querida amiga sabe.
Era uma resposta recorrente que a Escritora já ouvira em outras ocasiões. Contudo, era uma resposta que emanava optimismo e que transformava qualquer sentimento de comiseração num hino à esperança. Veio à lembrança da Escritora aquela situação passada entre o Fotógrafo e uma sua amiga de longa data quando lhe comentava:
_Querido amigo, que doença grave se chegou a ti...
_Minha querida, antes a mim do que a ti própria...
_???
_Com a doença sei que eu próprio como lidar, temia que o mesmo não se passasse contigo...
Uma lágrima furtiva rolou-lhe pelo rosto. Sabor a sal quando lhe aflorou aos lábios. Depois o retomar da caminhada, pois o Fotógrafo já estava embrenhado no sentir do povão que caminhava matinalmente para os seus afazeres.