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sábado, outubro 16, 2004

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


O “até já!” do Fotógrafo

O Fotógrafo está de partida. Dentro de poucos dias atravessará o amplo mar azul que de uma forma ímpar une sentires e pensares, regressando ao seu torrão de origem, muito embora, seja sua intenção o breve regresso. Durante três semanas se manterá por terras lusas recuperando de uma maleita que o tem vindo a afligir.

O encontro com a Escritora no local habitual, aquele imaginado jardim sobranceiro ao mar é mais um pretexto para uma partilha de saberes, mas também de afectos. Desta vez não pela manhã cedo, mas ao entardecer. Largos meses caminharam juntos calçada acima, observando as gentes, sentindo os seus sentires.

Aperceberam-se do que pode acontecer em tão curto espaço de tempo a um Povo que tem esperança e a quem finalmente é dito que a vidraça já lá não está, que o futuro está em suas mãos, que os mais novos vão ter cada vez mais oportunidades de trabalhar, de viver.

_Antes que partas, meu amigo, quero mostrar-te algo cuja imagem te irá acompanhar até às terras do lado de lá.
_Sim? Que surpresa me reservas?
_Vou levar-te a conhecer este espaço único da cultura recifense, a Livraria da Cultura.

E lá se encaminharam para o Espaço Alfândega, fruto da recuperação urbanística da zona antiga da cidade do Recife, cada vez mais virada para o mar que outras gentes obrigou a que lhe virasse as costas, e que a nova gestão, o novo fôlego do Brasil, quer recuperar.

Entraram e o Fotógrafo ficou extasiado com a obra realizada. Na cultura de um Povo está efectivamente o seu futuro, a Esperança.

_Querido amigo, vejo quanto está a apreciar o que lhe vim mostrar, mas a surpresa ainda não é esta.
_Não me diga que há mais... já estou de alma cheia, sem dúvida...
_Então vamos subir ao terraço lá de cima...

Ao entrarem no terraço foi o encantamento. O magnífico pôr-do-sol mostrava-se em todo o seu esplendor. Esta imagem única, nunca mais o Fotógrafo poderia olvidar.

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