sábado, novembro 06, 2004
tradição
1 de Novembro – Pão por Deus
No dia 1 de Novembro celebra a liturgia católica o Dia de Todos os Santos, dia feriado em Portugal. Este dia sempre me recorda como a miudagem lá da rua em que vivia, igualmente de outras ruas e das aldeias portuguesas, independentemente da região, saía à rua em autênticos bandos para pedir o “pão por Deus”.
Sacolas de pano à tiracolo do ombro, lá íamos de porta em porta pedindo o “pão por Deus” na expectativa de romãs, maçãs, bolachas, rebuçados, castanhas, nozes, pinhões e até bolos de festa que em muitos lares a dona da casa confeccionava para o efeito.
Quando o “pão por Deus” era dado em dinheiro, uma moeda de tostão, ou até de meio tostão, quando os cinco centavos ainda circulavam, então, era uma autêntica dádiva dos céus.
E lá íamos de porta em porta com as cantilenas da tradição na boca:
Pão por Deus
Fiel de Deus
Bolinho no saco
Andai com Deus.
Ou esta mais elaborada:
Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu’estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz.
Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s’alevantar
P’ra vir dar um tostãozinho.
Quando os da casa dão alguma coisa:
Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho.
Quando, pelo contrário, diziam “tenham paciência...”:
Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto.
[crédito da recolha das cantilenas para CATAVENTO, Agenda de Acontecimentos do Concelho de Palmela]
No dia 1 de Novembro celebra a liturgia católica o Dia de Todos os Santos, dia feriado em Portugal. Este dia sempre me recorda como a miudagem lá da rua em que vivia, igualmente de outras ruas e das aldeias portuguesas, independentemente da região, saía à rua em autênticos bandos para pedir o “pão por Deus”.
Sacolas de pano à tiracolo do ombro, lá íamos de porta em porta pedindo o “pão por Deus” na expectativa de romãs, maçãs, bolachas, rebuçados, castanhas, nozes, pinhões e até bolos de festa que em muitos lares a dona da casa confeccionava para o efeito.
Quando o “pão por Deus” era dado em dinheiro, uma moeda de tostão, ou até de meio tostão, quando os cinco centavos ainda circulavam, então, era uma autêntica dádiva dos céus.
E lá íamos de porta em porta com as cantilenas da tradição na boca:
Pão por Deus
Fiel de Deus
Bolinho no saco
Andai com Deus.
Ou esta mais elaborada:
Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu’estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz.
Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s’alevantar
P’ra vir dar um tostãozinho.
Quando os da casa dão alguma coisa:
Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho.
Quando, pelo contrário, diziam “tenham paciência...”:
Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto.
[crédito da recolha das cantilenas para CATAVENTO, Agenda de Acontecimentos do Concelho de Palmela]