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sábado, janeiro 15, 2005

a luta contra as intempéries naturais é uma opção política

Todos os anos a zona do Caribe é fortemente fustigada por intempéries naturais no decorrer da chamada temporada dos furacões e tempestades que se estende nos meses de Junho a Novembro, provocando número elevado de mortes e vultuosos prejuízos materiais. O ano de 2004 foi um ano especialmente penoso para as populações locais.

Haiti, Granada e Republica Dominicana foram particularmente afectados pelos tufões, para os quais já em Maio haviam surgido os primeiros alertas com chuvadas muito fortes, onde se vieram a verificar milhares de mortos. No Haiti e somente em dois dias, 23 e 24 de Maio, segundo dados governamentais, morreram cerca de 1.700 pessoas devidos às violentas bátegas de água.

O furacão Charley chegou logo no início de agosto, com ventos de mais de 175 quilómetros por hora e categoria 3 na escala de intensidade Saffir-Simpson, que vai até 5. O seu percurso foi praticamente directo para o litoral americano na Flórida, mas antes passou por Cuba, a única ilha do Caribe atingida, onde causou a morte de quatro pessoas e deixou danos materiais incalculáveis. Na Flórida, Charley matou 23 pessoas e as perdas materiais foram avaliadas em cerca de 17 mil milhões de dólares.

Outros furacões, designados por Frances, Ivan e Jeanne causaram estragos importantes para as economias da região e milhares de pessoas mortas. Os furacões representam na zona do Caribe uma força altamente destruidora a que não resistem as populações, independentemente da riqueza e do desenvolvimento dos respectivos países.

Salvador Briceno, do Instituto para a Redução de Desastres da ONU, considera ser Cuba um exemplo na prevenção de riscos por furacões e que o seu modelo pode ser aplicado a outros países com condições económicas similares ou melhores que não conseguem, mesmo assim, proteger sua população com tanta eficácia como a Ilha.

Acrescentou que o caso cubano mostra como a vulnerabilidade pode ser reduzida com medidas de baixo custo, mas precisa-se de uma dose significativa de determinação política.

Este funcionário da ONU expressou que a baixa taxa de mortalidade causada pelos furacões em Cuba em relação a seus vizinhos, deve-se a que a população é informada e preparada nas escolas, universidades e centros de trabalho e sabe como enfrentar os desastres naturais.

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