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quarta-feira, janeiro 19, 2005

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora percorrem a calçada, vivem o Povo. Ele, escreve ideias e sentimentos com cada clique da sua máquina fotográfica. Ela, obtém as mais belas imagens com um simples pestanejar dos cílios e a leveza da pena na escrita.


Mágoa no semblante

As noites eram passadas com o ar condicionado, com a refrigeração a funcionarem a um ritmo intenso pois as temperaturas continuavam a não querer descer dos 25 graus. O apelo era permanente para praiar, mas compromissos são compromissos e quando a isso se junta o grande prazer de encontro, então não há apelos de lazer que desviem o Fotógrafo da calçada recifense.

A Escritora, empenhada desde há algum tempo num projecto de sensibilização da blogoesfera para os problemas ecológicos que põem em risco o equilíbrio da Natureza, sempre encontrou algum tempo para acompanhar o Fotógrafo em mais uma caminhada calçada acima. Ele sempre lhe fica grato pela companhia.

Quando pela manhã, bem sedo, o Fotógrafo abriu de par em par as janelas do seu quarto, todo o ambiente foi invadido pelo cheiro dos jasmineiros dos quintais próximos, dando-lhe de imediato vontade forte de sair para a rua. Pouco tempo depois, lá seguiu ele ao encontro da Escritora.

Caminhar e conversar. Olhar com olhos de ver as gentes que os rodeiam na sua caminhada matinal para os afazeres diários. A garotada já brinca na calçada, muitos deles sabedores de “artes” e de “saneamentos”, orgulho da Escritora que muito contribuiu para a sua formação integral. Muitos deles ainda a vêm cumprimentar com um sorriso aberto. Sentem que passaram a ser mais importantes para a Sociedade.

As conversas saltitam do que vão observando nas gentes com quem se cruzam para os projectos que a Escritora desenvolve para sensibilização ecológica. Trabalho cuidado efectuado em colaboração com uma amigo português, Fernando de seu nome, pretende chegar ao coração das gentes para lutarem pela defesa do meio ambiente como forma de minorar as catástrofes naturais.

O sol a pique já queima. Procuram a sombra das árvores para tornar a caminhada mais suave. As horas são segundos nestas caminhadas pelo sentir do Povo recifense. É hora das despedidas, a Escritora observa:
_Caro Fotógrafo, sinto mágoa no seu semblante...

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