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quinta-feira, fevereiro 17, 2005

gago coutinho

Percorre o Chiado com passo lento mas firme. Figura de baixa estatura e magra veste elegantemente de escuro. Talvez se dirija simplesmente para a Brasileira do Chiado para tomar um café e para dois dedos de conversa. É esta a imagem que guardo na minha memória dos 12 ou 13 anos, decorreria o ano de 1954 ou 1955, quando frequentava a Escola Comercial Veiga Beirão, no Largo do Carmo, nas imediações do Chiado, na Baixa lisboeta.

Um dia alguém me disse tratar-se de Gago Coutinho.

Comemora-se hoje os 136 anos do seu nascimento e amanhã os 46 anos do seu falecimento. Finou-se depois de, no dia anterior, ter completado os 90 anos de idade.

Gago Coutinho, de seu nome próprio Carlos, nasceu na carismática zona das grandes façanhas dos portugueses – Belém. Geógrafo de formação e de profissão participa em importantes trabalhos da cartografia colonial em Timor, Moçambique, Angola e S. Tomé.

Depois surge-lhe a paixão pela navegação aérea que o leva com todo o seu saber à invenção de um sextante a utilizar um horizonte artificial de bolha, eficaz para a navegação aérea, onde o horizonte real não é visível. Em 1921 faz as comprovações praticas voando para a Madeira e em 1922, acompanhado por Sacadura Cabral como piloto, voa até ao Brasil, fazendo pela primeira vez a travessia aérea do Atlântico Sul.

Também hoje, a Escola 2,3 Almirante Gago Coutinho, de Lisboa, comemorou esta efeméride atribuindo diplomas aos alunos mais aplicados.

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