Partilhar
sábado, março 05, 2005

o chamamento das runas

Faz tempos escrevi aqui neste mesmo local “eles estão aí... de novo” algo sobre o que então designei por “chamamento do meu relógio relíquia”. Curiosamente uma relíquia com menos de 40 anos em meu poder. Este facto, conduziu-me a um percurso de memória que me levou a um outro “chamamento”.

Vou tentar, neste modesto escrito, levá-los comigo no referido percurso de memória. Primeiro a minha recorrente angústia sobre o “tempo que passa”. Muito relacionado com os contadores de tempo, trata-se de uma noção que além de um sentir muito subjectivo é sempre relativizada à situação real que vivemos a cada momento.

Quantas vezes um lapso de tempo parece escapar-nos entre os dedos, qual porção de areia doirada das praias da Caparica, enquanto noutras nos dá a sensação de um fluído expeço e persistente que se nega a abandonar o nosso corpo. Contudo, marcado pelo contador de tempo o lapso é exactamente o mesmo.



Curiosamente, a minha querida amiga São, do EspectacologicaS, escreveu num seu comentário: “Eu não uso relógio e o do telemóvel anda sempre adiantado... mas espero que recuperes esse atraso de 2 segundos!”, dando bem o sinal da pouca consistência do “tempo que passa”.

Seguindo a corrente da minha memória que há pouco iniciámos chegamos ao tempo contado em anos. Menos de quarenta anos é a antiguidade, tempo passado, do meu relógio relíquia. Cerca de 7.000 anos o tempo de existência em terras de Portugal de uma marca relacionada com as Runas. “… as ruínas de Alvae, em Portugal, e o alfabeto Hallristingnor, formas primárias de runas que datam do período neolítico médio (5500-4500 a.C.)” [in Das Runas, de Fabiana d’Aversa, pág. 48].

As Runas, alfabeto ou simbologia das civilizações nórdicas continua hoje a interessar milhares de pessoas de todas as regiões do Mundo. Que símbolos são estes, datados de há tantos milhares de anos, encontrado em terras lusas, a uma enorme distância da sua origem?



Este foi sem dúvida um outro “chamamento”, não definitivo diga-se em abono da verdade, mas que ainda pode vir a sê-lo. A Runa da Oficina das Ideias é o Ansur: “Está associada aos deuses escandinavos, especialmente Odin, e representa o poder controlado, criativo e divino. Espiritualmente é a runa da profecia e da revelação. Transmite também as ideias de sabedoria, saber, razão e comunicação”.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?