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quinta-feira, abril 07, 2005

brasil do meu contentamento

Os analistas políticos e económicos continuam a procurar, sabe-se lá com que desígnios, denegrir as decisões tomadas pelo governo brasileiro de Lula da Silva. Contudo, quando se procura concretizar as opiniões que esses analistas formulam, surgem as incoerências de discurso mal preparado.

Recentemente, o governo de Lula da Silva, através da intervenção do Ministro da Fazenda, António Palocci, não renovou o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mantendo até 2007 relacionamento institucional, visto ser nesta data que se concretiza o pagamento total da dívida do Brasil.

Mantendo-se o aperto fiscal e as metas da inflação, os analistas económicos questionaram maliciosamente “_Então o que mudou pelo facto de se livrar do FMI?”. Contudo, neste momento a dívida sobrante do Brasil ao FMI já está totalmente coberta pelas reservas do Banco Central em dólares, após a operação de compra em leilão por parte deste de cerca de 13 biliões de dólares.

O que é inegável e todos os analistas o reconhecem é que nos últimos dois anos a economia brasileira tornou-se muito menos vulnerável à conjuntura externa. Todos os indicadores apontam para um gigantesco superavit nas contas públicas brasileiras.

Como sabemos o Fundo Monetário Internacional, mais do que um instrumento de apoio aos países em dificuldade de desenvolvimento é uma importante ferramenta de estratégia do controlo político e económico por parte dos Estados Unidos ao seu modelo estrutural, sendo pesada para esses objectivos a saída do Brasil, hoje considerado um país incontornável relativamente ao desenvolvimento da América do Sul e do Mundo.

Numa altura em que no seio das Nações Unidas se coloca a hipótese de o Brasil passar a fazer parte do Conselho de Segurança como membro permanente, o Brasil é, como escreve António Mega Ferreira, “...um dos poucos países que pode falar de igual para igual com a administração norte americana... e essa é uma boa notícia pata o Mundo”.

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