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quinta-feira, abril 21, 2005

estamos com o isidoro de manchede

No dia 19 de Dezembro do ano passado escrevia eu aqui na Oficina:

“Lá nos fomos animando com as entradas onde não faltaram a manteiga de vaca, o azeite aromático, a cabeça de xara de porco, tapas de toucinho com alho, farinheira frita... Recomendado o Monte do Pintor 2001, tinto alentejano, foi aprovado e servido profusamente. A cor de rubi – Ao olfacto respondeu com frutos vermelhos e um pouco de madeira – Ao paladar disse presente com a madeira apropriada, cheio de boca e a permanência adequada. Boa escolha, para vinho recomendado pela “casa”. Quanto aos pratos principais caracterizaram-se, não só pela qualidade da cuidadosa confecção como, especialmente, por apresentar traços de tradição que nem mesmo os restaurantes ditos “alentejanos” respeitam. Aqui podem ser degustados pratos que em nenhum outro restaurante se encontram.”

Claro que me estava a referir ao almoço/convívio, melhor dizendo, ao convívio/almoço com que dias antes nos tínhamos maravilhado no Sulitânia, uma taberna a preceito mantida pelo taberneiro Isidoro, no Vimieiro, nas terras da Infanta Planura.

Agora chega a notícia, o desabafo, a preocupação do querido amigo Isidoro, que no Alentejanando nos habituou a excelentes leituras:

“É verdade, mesmo verdade verdadinha que a verve para a tecla se desvaneceu enfraquecida pela crueza do deve ser superior ao haver, dia após dia, na contabilidade taberneira. Coisas que só acontecem aos taberneiros que às leis do mercado e das suas cíclicas e anunciadas crises preferem a poesia do tinto e dos rabinhos de porco com grão. Coisas de taberneiro naif. Coisas que só acontecem aos taberneiros que teimam que o Alentejo não deixa de ser Alentejo, nem o é menos – antes pelo contrário – se trajar a modernidade a que também tem direito.”

O pessoal da Oficina está de “alma e coração” com o Amigo Isidoro, de Machede para ser mais preciso:

“_Querido Amigo. Foi como um murro no estômago recebido cá pelo pessoal da Oficina. Tem que haver ainda espaço para o sonho e a Sulitânia ficou gravada para sempre no imaginário de todos nós. Em que é que este pessoal aqui da Oficina habituado a "vergar a mola" poderá ser útil? Força querido amigo, estamos em época de continuar a sonhar e a esperança é imperioso que se mantenha. Um abraço amigo.”

E prontos para a acção!!!


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