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sexta-feira, maio 20, 2005

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de maravilhar. Juntando algumas palavras, dando-lhe algum sentido procuro nelas o encantamento. Perdoem a ousadia, mas cá vou eu poetar


Deixar fluir o pensamento

Numa alva folha de papel descrevi o meu sentir
Como quem traça uma linha de imaginação desenhada
Na leitura do passado, do presente, do devir
Depois dos medos, mostrar a tranquilidade encontrada.

Neste profundo sentir que vai muito além do horizonte
Procurar a luz que se opõe a tenebroso pensamento
É ânimo tão fecundo como a cristalina água de uma fonte
Em que mergulham raízes de esperança e de alento.

A força do nosso querer tem por limite o infinito
Na procura da verdade, do que neste mundo determina
O caminho a seguir sem tibiezas tal como está escrito
No rumo certo dos afectos que o espírito nos ilumina.

Quando ao virar da curva do caminho ensombrado
Deparamos com a luminosa imagem de encantamento
Atingimos o êxtase, o oásis há muito procurado
Tranquilos deixamos fluir o nosso doce pensamento.

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