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segunda-feira, julho 18, 2005

o elefante

Partilho hoje convosco uma pequena história de encantamento, que encerra um forte ensinamento, e que a minha Amiga Marta, da Argentina, teve o carinho de me enviar.

O Elefante

Quando era menino sentia um forte encantamento pelo circo, especialmente para ver o elefante. Durante a sua actuação o enorme animal fazia gala do seu peso, tamanho e força descomunal... mas depois de terminada a actuação e até à próxima exibição, um pouco antes de voltar à pista, o elefante mantinha-se preso somente por uma pequena corrente que lhe prendia uma pata a uma estaca cravada no terreno. Uma estaca tão pequena parecia insuficiente para segurar o elefante. Aquele animal capaz de arrancar uma árvore usando a sua própria força, poderia, igualmente, arrancar a estaca e fugir.

O mistério: O que o mantém seguro, então? Porque não foge?

Perguntei a muitas pessoas e sempre me davam razões insuficientes. Uma me disse que o elefante estava amestrado. Mas se estava amestrado qual a razão porque o prendiam a uma estaca? Não me recordo de alguma vez me terem respondido a esta questão. Com o passar do tempo esta dúvida ficou guardada no meu baú de memórias sem qualquer resposta.

Um dia encontrei a explicação. “O elefante do circo não foge porque sempre esteve atado a uma estaca semelhante desde muito pequeno.” Cerrei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido elefante preso à estaca. Estou seguro que naquele momento o elefante tentou puxar a estaca e soltar-se. E apesar de todo o seu esforço não conseguiu. A estaca era certamente muito forte para o seu pequeno tamanho. No dia seguinte tentou de novo. E no outro. E ainda no outro. Até que um dia, um terrível dia para a sua existência, aceitou a sua impotência e se resignou.

Este poderoso animal não foge pois continua convencido de que NÃO PODE. Ele tem esse registo na sua memória. Recorda sempre a sua impotência e jamais voltou a questionar-se seriamente sobre o assunto. Jamais tentou de novo fazer prova da sua força.

Cada um de nós somos um pouco como esse elefante: caminhamos pelo mundo amarrados a “estacas” que nos limitam a liberdade. Vivemos pensando em muitas coisas que “não podemos”. Não podemos e nunca poderemos. Crescemos com essa mensagem que impusemos a nós mesmos e nunca voltamos a tentar de novo.

A única forma de avançarmos é TENTARMOS DE NOVO.

Minha querida Marta, quanto te agradeço esta mensagem que não resisti a partilhar com todas as minhas Amigas e com todos os meus Amigos da Oficina das Ideias e da VIDA.

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