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quinta-feira, agosto 25, 2005

malhoa e bordalo

Desde menino que me habituei a visitar a cidade das Caldas da Rainha viajando com os meus pais e avó. A distância a percorrer desde a nossa casa não era grande e havia sempre o esperado aliciante de nos abastecermos de alguma fruta de boa qualidade comprada no mercado ao ar livre que funcionava na Praça principal da cidade.

O almoço viajava connosco, normalmente arroz de frango ou outro “petisco” de fácil transporte e conservação, e degustado tranquilamente no parque das merendas situado nas cercanias do hospital termal, nas sombras do magnífico parque citadino. Espalhadas pelo jardim bonitas peças de estatuária e lá mais ao fundo um edifício de traça simples e cor de camurça.

Quando já era mais crescido a minha curiosidade levou-me a aproximar e visitar o referido edifício. Trata-se do Museu José Malhôa onde se encontram expostas obras deste emérito pintor caldense. Noutra das salas do mesmo edifício a exposição de algumas peças de Rafael Bordalo Pinheiro.

Este Museu passou a ser lugar obrigatório de visita sempre que me deslocava a Caldas da Rainha, apercebendo-me da sua degradação e, mais tarde, de uma importante recuperação e beneficiação.

Até 16 de Outubro do corrente ano, em memória dos dois importantes artistas caldenses, decorre no Museu José Malhôa, de Caldas da Rainha, uma exposição antológica evocando os 150 anos do nascimento de José Malhôa (1855-1933) e o centenário da morte de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905).

Cerca de 200 obras dos dois artistas são expostas em três diferentes núcleos. Na sala Bordalo os trabalhos de grafismo, as revistas onde foi director no Brasil e em Portugal e as suas famosas cerâmicas. Também se encontram expostas as figuras da Paixão de Cristo que Bordalo Pinheiro executou em barro por encomenda do Governo para serem colocadas nas capelas da mata do Buçaco.

A sala Malhôa expõe quadros famosos de José Malhôa, com temas urbanos e rurais, com destaque para os quadros Papas e Os Bêbados. A terceira sala é dedicada ao Grupo do Leão, tertúlia artística que se reunião na cervejaria que lhe deu o nome, e à Geração Naturalista de grande influência cultural nos finais do Século XIX.

O Museu de José Malhôa, funciona no primeiro edifício museológico construído de raiz para o efeito, em Portugal, situado no Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha.

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