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sábado, agosto 27, 2005

preguiçar à beira mar

Deixei-me preguiçar frente a este mar imenso em tonalidades fortes de azul que começava a doirar com o lento caminhar do Sol em direcção ao ocaso. Depois da brisa terrestre que a esta hora sopra quase diariamente a calmaria havia se instalado numa conjugação perfeita de cores e de odores.

O guinchar de uma gaivota agitada por algum peixe que os pescadores haviam deitado ao mar e que outra lhe pretendia furtar cortava o silêncio embrulhado no prateado do suave rebentar da ondulação que se espraia na areia.

Os surfistas foram regressando do mar, terminadas que foram as manobras que estavam a executar. Após a troca dos fatos de borracha por calções e blusas foram-se afastando da praia rumo aos seus destinos.

O ambiente tranquilo e cálido conduzia-me à meditação... até mesmo ao sonho.

O prazer de viver a vida, de sentir a força da Natureza que em momentos como este se torna afável, cúmplice dos nossos sentires. São momentos únicos de encantamento, hino à maravilhosa vivência que me extasia e que com a leveza de uma gaivota me leva por mares e terras, pelos vales e montanhas...

De súbito, vindo de lado algum, um elegante veleiro desliza suavemente empurrado por uma brisa com o odor das algas que dão vida ao fim de tarde.

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