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terça-feira, novembro 08, 2005

coleccionar com doçura

Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente


O Associativismo e o CLUPAC

Desde tempos imemoriais, desde que existe rasto histórico da existência do ser humano no planeta Terra, encontram-se referências a formas de associativismo entre os homens, primeiro num modo extremamente insípido, depois, gradualmente, segundo métodos cada vez mais estruturados e organizados.

É o antiquíssimo lema “a união faz a força” na sua expressão mais conseguida.

Esta é uma questão recorrente que sempre se apresenta quando o objectivo de discussão ou de simples conversa é a razão, qual a necessidade, que faz juntar os homens para a defesa ou para o desenvolvimento e dignificação de uma actividade comum que os une.O que nos primórdios da vida humana era a própria preservação dessa vida, na luta contra a agressão de predadores e das próprias forças descontroladas da Natureza passou, com o decorrer dos tempos, a ter objectivos económicos e sociais. Podemos recuar nos tempos, à época das mutualistas do século XIX, ou até a épocas mais remotas, há mesmo quem defenda à origem do ser humano, para encontrar a génese do associativismo. Sempre que o Homem sentiu que isolado não conseguiria resolver uma dificuldade, juntou-se a outros homens desejosos de resolverem problemas idênticos.

Em fases mais avançadas da Civilização foi no associativismo que o Homem agregou forças para acções tão violentas e penosas como foram as grandes aventuras marítimas dos séculos XV e XVI. Mais recentemente, aquando dos importantes surtos migratórios especialmente para o Brasil, para os Estados Unidos e para França, foi nas associações regionalistas que os portugueses encontraram o conforto para a enorme saudade provocada pela ausência das suas terras natais.

Mais recentemente, foi nas associações, nas colectividades e cooperativas, que se procurou refúgio para o desenvolvimento cultural e social a que o Estado Novo se opunha com toda a violência ditatorial. Foi o grande desenvolvimento do movimento associativo que ainda hoje é de grande intensidade nas regiões mais perseguidas pelo Estado Novo.

O associativismo é, hoje em dia, um importante movimento a nível planetário. Desde que se encontre algo que una as pessoas nos seus interesses de cariz cultural, desportivo e recreativo, existem condições para numa forma superior de organização, o associativismo, onde as pessoas conjugam os seus esforços e anseios para melhor conseguirem atingir os objectivos comuns.

Na sua expressão mais perfeita, cada um coloca as suas capacidades e saberes individuais ao serviço da colectividade, onde vai, em contrapartida, usufruir de resultados de uma mais elevada qualidade que de outra forma não conseguiria.

O espírito associativo contraria de forma determinante os aspectos mais degradantes da condição humana que se consubstanciam no egoísmo. Uma contribuição importante para a melhoria do ser humano integral. Mas... e a tão falada “crise do associativismo”? Há quem defenda que o associativismo atravessa ciclicamente épocas de dificuldades. Outros, que a crise não se situa no associativismo mas no dirigismo associativo nos termos em que hoje se apresenta. A maioria defende que o associativismo, propriamente dito, não está em crise.É complexa, realmente, a situação. Não se deverá tomar uma posição de forma leviana sem pesar todos os condicionalismos e envolventes. Para isso, continuam a realizar-se amiúde debates e colóquios sobre o tema na procura de objectividade nas conclusões.Uma das razões que historicamente levou o Homem a unir esforços, a congregar o seu saber e a sua acção à volta de objectivos comuns, foi o espírito de solidariedade. Donde, a questão para a qual urge encontrar uma resposta é: Hoje em dia, o Homem é um ser solidário ou um ser solitário?Como uma letrinha apenas faz toda uma diferença...

Também no campo do coleccionismo p associativismo é uma realidade. Desde a colecção tão bizarra como a de amostras de areia das mais diversas praias do Universo, até às históricas colecções de selos, moedas ou medalhas existem em todo o Mundo milhares de associações. O mesmo acontece com a colecção que nos une, a colecção de pacotes de açúcar.

Em Portugal, o CLUPAC, Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar, foi fundado há cerca de três anos com o objectivo de congregar no seu espaço todos os coleccionadores de pacotes de açúcar que pretendessem integrar uma estrutura organizada que não só os pudesse representar junto de outras entidades congéneres em todo o Mundo, como também criar representatividade junto das entidades oficiais em Portugal.

Hoje, com mais de 200 associados, o CLUPAC é o espaço privilegiado de defesa do coleccionismo de pacotes de açúcar em Portugal, como também um fórum de discussão e de permuta de opiniões e saberes que muito virá a enriquecer esta forma de coleccionismo.

Pela sua organização e visibilidade o CLUPAC é, hoje em dia, considerado por muitas associações de coleccionadores de outros tipos de peças em Portugal e por congéneres na Europa, como exemplar e merecedor de grande aceitação.

Ser associado do CLUPAC é contribuir de forma activa e empenhada para um cada vez maior reconhecimento que a todos orgulhará.

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