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sábado, dezembro 24, 2005

minha terra é meu sentir

Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho


O Salvador e o Tarzan

Entrei naquele pequeno espaço comercial situado no mercado de Costa de Caparica, papelaria, tabacaria, quiosque, com o querer de desejar “Festas Felizes” ao seu proprietário, o meu amigo Salvador.

Salvador, Salvador Martins, é natural da Costa onde foi criado no embalo suave das ondas do mar da Caparica, viveu e cresceu entre a faina do mar e a tradicional lavoura das Terras da Costa. Foi registando na sua memória privilegiada acontecimentos e vivências que mais tarde transcreveu para o papel, tendo já publicadas as obras “Lanços no Mar que Arde” e “Caparica doutros Tempos”.

Naquele pequeno espaço, onde se respira cultura e se sente no ar o grande amor à Costa encontrava-se também outro “enorme” caparicano. “Tarzan” de alcunha que já faz parte do nome.

Pela vida fora, mais de trinta anos a cuidar dos mais pequenos e dos maiores também, o “Tarzan”, alcunha do banheiro António Ribeiro, foi um verdadeiro gigante, tendo salvo mais de duzentas vidas e orgulha-se, cheio de razão, de nunca ter deixado ninguém morrer afogado.
Hoje com 85 anos o “Tarzan” já não vai a banhos mas foi, recentemente, convidado para consultor dos banheiros, pois conhece o mar da Costa como ninguém, quer o mar seja um “mar de senhoras” quer esteja embravecido com os erros dos seres humanos.

A saudação foi feita, tendo tido, assim, a felicidade de o fazer a dois gigantes do saber regional de Costa de Caparica.

O “Tarzan” poeta repentista que é não resistiu a “atirar-me” quando lhe disse que os anos pareciam por ele não passar:

Esse teu cante, desvelos
Com que me vens aqui mimar
São os teus brancos cabelos
Que lembram a espuma do mar

Que alegria que profundo sentir natalino, a AMIZADE.

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