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quinta-feira, dezembro 22, 2005

o mistério e a fantasia

Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida


Solstício de Inverno

Às 18 horas e 35 minutos de ontem começou o Inverno, coincidência astronómica com o Solstício de Inverno. O Solstício de Inverno marca a noite mais longa do ano. Depois de se atingir o apogeu da noite inicia-se a decadência da escuridão, no caminho da luz, neste constante bascular do Universo.

As culturas europeias de época neolítica atribuíam grande importância a estas alterações nos ciclos do percurso do Universo, dedicando-lhes muitas construções megalíticas, ainda hoje discutindo-se se se tratavam de santuários ou de observatórios astronómicos. Ou de ambas as coisas em simultâneo. Quando tivemos oportunidade de visitar Stonehenge sentimos bem a força telúrica que emana deste monumento megalítico e todo o respirar esotérico.

A Primavera irá retornar em breve. Com ela virão os resultados do Solstício de Inverno, da união entre o masculino Sol e a feminina Lua, no esplendor do renascimento e da preservação da vida.

Os antigos ignoravam que existisse uma parte da Terra onde houvesse o Verão enquanto os europeus e asiáticos viviam o Inverno. Julgavam que o Solstício de Inverno marcava a época da mais longa noite para a Terra inteira.

Os ciclos solares eram então considerados uniformemente para todo o planeta Terra, o que dele se conhecia à época, pelo que consideravam o nascimento do deus Sol quando os dias começavam a crescer (Solstício de Inverno). A sua juventude era marcada pelo Equinócio da Primavera. O deus Sol atingia toda a sua força e pujança no Solstício de Verão, entrando depois na sua regressão de vida no Equinócio de Outono.

Entre os povos do Oriente, o sol nascente era representado por um menino no colo de uma Virgem celeste, sua mãe. Os egípcios, em especial, celebravam todos os anos, no Solstício de inverno, o nascimento do pequeno Horus, filho da virgem Isis, e sua imagem era exposta, num presépio à adoração do povo.

Quando Júlio César recorreu ao astrónomo alexandrino Sosígenes para refazer o calendário em uso à época e que se mostrava com muitas imperfeições, o dia 25 de Dezembro tornou-se, no novo calendário imposto ao império romano, como data oficial da festa que celebrava um por toda a parte o nascimento do Sol, de Horus egípcio, do Mirtha persa, do Phebo grego e romano.

A Igreja quando se sentou no trono imperial um século depois, aproveitou a festa do Solstício de inverno, do menino Horus nos braços da Virgem Isis para transformá-lo em festa do Natal, que se comemora até aos nossos dias.

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