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terça-feira, dezembro 27, 2005

o mistério e a fantasia

Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida


O Arco-Íris visitou Valle do Rosal

Hoje estava a tarde meada, naquele tempo de tão depressa brilhar o Sol, para logo depois escurecer até parecer estar já noite, quando ao longe vislumbrei o colorido arco-íris que parecia deslocar-se na minha direcção, no rumo de Valle do Rosal.

Quase que hipnotizado pelo maravilhoso arco das sete cores, quedei-me a observá-lo no extasiado dos sentires. E ele cada vez mais se aproximava. O contraste no firmamento entre o azul fortíssimo e o negro das nuvens era cada vez maior.

Poucos segundos volvidos o arco-íris já se encontrava sobre Valle do Rosal e já caiam gotas e água em profusão, logo depois transformadas em forte bátega de água. Assim como chegou partiu, deixando o seu rasto de luz e de cor.

O Arco-Íris é a ponte entre o real e o imaginário. O Arco-Íris é como uma ponte gigantesca que liga a Terra ao Céu ou como um enorme portão que se abre para o infinito. Representa, por um lado, a magia de um momento tão efémero como a sua própria visibilidade; por outro lado, representa o inacessível, pois, tal como o Povo diz, a construção do Arco-Íris é um projecto maravilhoso, deveras desejado, mas inatingível.

Conhecido no saber popular por Arco-da-Velha. A chuva é a "velha" das pernas compridas. Não admira que o Arco-da-Velha, quando surge o arco das sete cores da refracção do Sol na atmosfera da Terra, tenha provocado íntima relação explicativa com o mito maléfico da "velha".

O arco bebe água dos rios e das fontes e pode secá-los para dar chuva. A "velha" penteia-se e come pão mole no local onde o arco poisa.

Do outro lado do arco há quem diga existir um pote com moedas de oiro.

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