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quinta-feira, janeiro 12, 2006

a minha opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada


O Brasil a caminho das Eleições Presidenciais

A revista Visão do passado dia 12 de Janeiro publicou uma entrevista com João Pedro Stédile, um dos principais dirigentes e pertencente ao núcleo fundador do Movimento dos Sem-Terra (MST) que ganhou notoriedade pública e internacional devido às marchas e invasões de terra que promove no Brasil. Dessa entrevista, cuja leitura na íntegra recomendamos que seja feita na referida revista, salientamos duas importantes ideias de fundo.

A primeira, refere-se ao facto de que “a corrupção no Brasil não é de esquerda, mas de direita!”. Aliás, concordamos com a opinião de João Pedro de que a corrupção é e direita, é conservadora, é para manter privilégios. Não está em causa a sigla da força política a que pertence o corrupto, nem tão pouco o próprio corrupto. Se há corrupção no Brasil ela é conservadora, contra o desejo do Povo brasileiro de caminhar para uma sociedade justa e igualitária.

A segunda, “se ele (Lula) for o melhor candidato e apresentar um programa antineoliberal sim (sim, apoiará a recandidatura de Lula da Silva). João Pedro considera que “a luta política não se resume às promessas de presidente”. “O Povo deve acreditar apenas na sua capacidade de organização, para ter força e exigir mudanças que melhorem as suas condições de vida”.

Alguns dias atrás o jornalista Pedro Bial entrevistou o Presidente Lula acerca do momento político actual no Brasil e acerca das eleições presidenciais que se irão realizar em 1 de Outubro deste ano.

Nesta entrevista o Presidente Lula assumiu a existência de erros de governação mas, referiu do mesmo modo que sempre que os erros foram detectados foram corrigidos e quem errou devidamente punido. É algo que nunca antes tinha acontecido no Brasil. A crise que teve lugar no Brasil foi útil e importante para o crescimento da democracia no Brasil.

Lula da Silva garante que, contra tudo e contra todos os que pretendem manter o conservadorismo brasileiro, a economia brasileira vai crescer em 2006, que a distribuição da renda vai melhora e que o Brasil vai ser muito melhor do que nos anos anteriores. O Brasil está a conquistar a hipótese de ter um ciclo de desenvolvimento duradouro, de 10 a 15 anos, que retire o Brasil da sua situação crónica de país emergente para o colocar no rol dos países desenvolvidos.

Esta crise serviu, fundamentalmente, nas palavras de Lula da Silva para “alertar a gente de que é preciso tomar mais cuidado”, “é preciso fiscalizar mais”, “é preciso fortalecer as instituições”, “é preciso exercer mais democracia” e “que a sociedade possa ter mais controle das acções do Poder Executivo, do Poder Legislativo”.

Da revista “O Brasileirinho”, com distribuição gratuita em Portugal transcrevo: “O governo brasileiro antecipou no final de 2005 o pagamento de 15,5 bilhões de dólares em dívida ao Fundo Monetário Internacional que venceriam até final de 2007. Segundo a assessoria de imprensa de Banco Central esse dinheiro será suficiente para pagar todas as dívidas do país com o Fundo. A proposta de antecipação do pagamento foi feita pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central e aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

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