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quarta-feira, janeiro 18, 2006

minha terra é meu sentir

Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho


Costa de Caparica – Festas da Cidade

Vão decorrer, de 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro, as Festas Anuais da Cidade de Costa de Caparica, uma tradição de há muitos anos que anima as gentes do mar e das hortas, as pessoas que escolheram a Costa para viverem, muito embora trabalhem em Almada ou em Lisboa e, igualmente, os forasteiros. Esta é a primeira festividade depois que Costa de Caparica foi elevada a Cidade.

As pessoas que deram origem à povoação da Costa de Caparica, pescadores vindos do norte de Portugal, da região de Ílhavo, ou do sul, do Algarve e também do sudoeste alentejano, cedo ficaram encantados pelas condições climatéricas e de pesca fixando-se nesta zona para onde depois chamaram as famílias.

A Costa de Caparica foi fadada para ser terra de acolhimento de imigrantes. Depois das migrações internas dos pescadores de Ílhavo e do Sudoeste Alentejano, no princípio do século passado, foram os cabo-verdianos e guineenses, nos anos setenta do mesmo século. Mais recentemente muitos emigrantes vindos das estepes dos países eslavos e nos últimos anos homens e mulheres do Brasil.

A Costa de Caparica recebeu a maior comunidade brasileira que escolheu Portugal para viver.

É neste ambiente multirracial que irá decorrer o 2º Concurso das Caldeiradas, sentindo eu a mágoa pessoal de que a maioria desta gente, chegados dos quatro cantos do Mundo, por dificuldades financeiras, não a irá degustar.

Os autóctones da Costa de Caparica foram sempre gente de poucos remedeios. Confeccionavam a sua alimentação com o que do mar recolhiam e com o que nas hortas cultivavam. De ingredientes modestos mas com uma confecção apurada assim se foi construindo a gastronomia caparicana.

São diversas as receitas de caldeirada que tem sido possível recolher junto dos pescadores, mas contém, invariavelmente pescado como a xaputa, as lulas, o carapau, as amêijoas e a tramelga, esta última por ser aveludada e paladar celestial conhecida entre os pescadores da Costa por “galinha do mar”.

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