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domingo, janeiro 15, 2006

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Nas margens do Capibaribe

Ao virar a esquina da rua que da calçada desce até às margens do Rio Capibaribe, e ao chegar junto a este, a Escritora e o Fotógrafo foram surpreendidos pela visão do ri de encantar que banha a cidade do Recife no seu destino próximo que é o Oceano Atlântico. Termina aqui a sua longa viagem de cerca de 240 quilómetros desde a nascente no alto da Serra do Jacarará.

A uma altitude de cerca de 1.100 metros acima do nível do mar, no alto da Serra do Jacarará, município de Poção, nasce o maior rio totalmente pernambucano, que embeleza e dá encantamento às suas margens no seu percurso rumo ao Oceano.

_Durante muitos anos o Recife tem virado as costas a este maravilhoso curso de água, desejo muito que esta situação se modifique...
_O mesmo aconteceu em Lisboa, julgo que desde a época dos Descobrimentos...
_E agora como está?
_Bom... houve realmente um presidente de Câmara que se bateu por inverter esta situação, aproveitando as obras da Expo98.
_É isso que desejo para o Recife... a despoluição do Rio Capibaribe... deixar que o Povo veja e usufrua o Rio na sua plenitude...
do Rio deixaram-se

O crescimento urbano desordenado das últimas décadas foi o responsável pela deterioração dos recursos ambientais que circundavam o rio, comprometendo a qualidade de vida das populações ribeirinhas. As mesmas águas que sugeriram o título de Veneza Brasileira ao Recife, hoje, assemelham-se a qualquer canal de esgoto existente nas metrópoles do País.

O Rio Capibaribe está com suas margens destruídas. As raízes dos manguezais, que incrivelmente ainda sobrevivem, funcionam como uma verdadeira peneira, separando o lixo sólido do esgoto que flui. Da fauna local, os únicos crustáceos que conseguiram adaptar-se à degradação do meio foram o chié e o aratu.

_Tenho a certeza que esta situação se irá modificar...
_Vai com certeza, querida Escritora. No Brasil, como em nenhuma época, se está a dar valor às pessoas e aos afectos!

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