segunda-feira, janeiro 23, 2006
tempus...
Fui buscar a ideia ao blogue Amorizade, da minha querida Amiga Jacky. Achei uma ideia muito interessante, mas tive que lhe introduzir algumas alterações fruto da minha condição de ancião. Assim dos 20 anos, aqui tão perto, saltei até aos 60 anos, logo ali ao virar da esquina...
Há 60 anos (1946)
Olhava para a rua através da vidraça da janela na expectativa de ver o meu pai chegar do trabalho
Quando me perguntavam: “_Em que pensas?”, eu respondia: “Ah pa!” [no pai]
Ficava surpreendido com o movimento em minha casa para ouvirem a telefonia [os meus pais ouviam clandestinamente a Rádio Moscovo]
Há 50 anos (1956)
Viajava de combóio, puxado por uma máquina a carvão, para a Escola Preparatória Pedro de Santarém, na Cruz da Pedra
2. Andava na “pendura” do carro eléctrico quando fazia a meia-lua defronte do Jardim Zoológico
Na disciplina de “Trabalhos Oficinais” construía um “stick” de madeira (aileu) para jogar hóquei “sem patins”
Há 40 anos (1966)
Participava no ciclo “A Luta contra a Fome” proibido pela polícia política da época
Comecei a ler as obras de Jorge Amado, especialmente, a trilogia “Subterrâneos da Liberdade”
Conversei sobre a “Reforma Agrária” (1966) com o Professor Castro Caldas, do Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Gulbenkian
Há 30 anos (1976)
Ainda vivia com intensidade os tempos de Revolução, já com alguma desilusão
Em fevereiro, dias quente, já fazia nudismo na Praia da Bela Vista
Desenvolvia com empenho as minhas duas paixões: as radiocomunicações e a Informática
Há 15 anos (1981/1982)
Fazia rádio: Programa “Contacto” na RDP Internacional e “A CB nas Ondas da Baía” , na Rádio Baía (Seixal)
Fazia a minha 18ª Dádiva Benévola de Sangue
Comecei a interessar-me pelo tema “Gestão da Qualidade”
Há 10 anos (1995/1996)
Acompanhei com grande envolvimento a “explosão” da micro-informática em Portugal
Trabalhava empenhadamente na elaboração da Norma Europeia para as Telecomunicações
Visitei Budapeste e o Largo Balaton (Hungria) como viajante não como turista
Há 5 anos (1999/2001)
Coordenava um projecto informático “paper zero”, talvez o mais aliciante de toda a minha vida profissional
Acabava de desenvolver um interessante projecto informático “Y2K” com reconhecimento nacional e ibérico
Preparava-me para a minha vida de reformado
Há 2 anos (2004)
Festejava os 6 meses da presença da Oficina das Ideias na blogoesfera
Cantava as “Janeiras” recuperando a tradição da minha terra “Ainda agora aqui cheguei /
Já pus o pé na escada / Logo o meu coração disse / Aqui mora gente honrada”.
Tomei um café servido por uma pianista, coisas da imigração, foi a Vicktoria vinda da Moldávia
Há 1 ano (2005)
As voltas que a vida dá pregou-me um susto forte. Desafio superado com a ajuda de uma corrente intensa de amizade (de AMORIZADE)!
Fui conversar com o mar azul e profundo, queria saber dele próprio, o porquê dos trágicos acontecimentos na Ásia...
_Agora tão belo, tranquilo, azul de verde esperança, como foi possível participares em tão tremenda devastação em terras do tão longe?
_Eu sou energia, sou fonte de bem estar, existo para servir o ser humano, para lhe dar vida, mas repara à tua volta, aqui bem perto, nas doiradas areias da Caparica... repara quanto predador é o ser humano!
Ontem (22 de Janeiro de 2006)
Fui votar, como sempre o fiz desde o 25 de Abril, e com a mesma certeza de sempre no meu sentido de voto
Concluí que por deficiência própria por certo, não consigo entender o Povo português na sua generalidade
Treinei, como faço quase diariamente, a capacidade de fazer contas sem p uso da máquina de calcular
Hoje (23 de Janeiro de 2006)
Leitura de “As Intermitências da Morte”, de José Saramago e escrita para completar este modesto texto
Um café e um Claudino que outrora era conhecido nas pastelarias de Lisboa por “Caparica” cai sempre bem numa manhã pardacenta
Amanhã (24 de Janeiro de 2006)
É dia da aula de pintura, talvez a conclusão de um pastel seco, talvez o começar de um óleo
Dar os parabéns e oferecer uma flor do jardim de Valle do Rosal à minha querida amiga Sylviah que é aniversariante
Pensar colectivo sobre o caminho que este País irá prosseguir
Três coisas sem as quais não consigo viver
Amorizade
Fraternidade
Solidariedade
O que compraria com 1000 euros
Não sei o preço de nada, desejaria conhecer o valor de tudo
Cinco maus hábitos que tenho (ou bons, que sei eu)
Beber café sem açúcar, para aproveitar os pacotinhos para a colecção
Gostar de uma boa comezaina, dieta Mediterrânea claro, “fast food” não dá comezaina
Caminhar sempre com a máquina fotográfica ao ombro, por isso tenho um ombro descaído
Deitar tarde e cedo erguer, mesmo assim o tempo é curto
Uma imagem vale mais que mil palavras, especialmente um belo nu de mulher
Três coisas que me metem medo
A doença e o sofrimento dos entes queridos
A loucura dos senhores da guerra e do grande capital (são os mesmos)
O egoísmo e o umbiguismo das pessoas, que me acompanham neste Mundo
Três coisas que tenho vestidas
De cima para baixo – Casaco de malha, camisola, calças
De baixo para cima – Meias, tanga, t-shirt
Três coisas que quero mesmo muito neste instante
Sai um café com uma água com gás
O almoço já a seguir
Enviar este texto para a minha querida amiga Jacky, antes do o publicar na Oficina das Ideias
Dois lugares que gostava de visitar
A magnífica cidade de Praga com a minha companheira de 35 anos passados
São Salvador da Bahia com o meu orixá Jorge Amado
Há 60 anos (1946)
Olhava para a rua através da vidraça da janela na expectativa de ver o meu pai chegar do trabalho
Quando me perguntavam: “_Em que pensas?”, eu respondia: “Ah pa!” [no pai]
Ficava surpreendido com o movimento em minha casa para ouvirem a telefonia [os meus pais ouviam clandestinamente a Rádio Moscovo]
Há 50 anos (1956)
Viajava de combóio, puxado por uma máquina a carvão, para a Escola Preparatória Pedro de Santarém, na Cruz da Pedra
2. Andava na “pendura” do carro eléctrico quando fazia a meia-lua defronte do Jardim Zoológico
Na disciplina de “Trabalhos Oficinais” construía um “stick” de madeira (aileu) para jogar hóquei “sem patins”
Há 40 anos (1966)
Participava no ciclo “A Luta contra a Fome” proibido pela polícia política da época
Comecei a ler as obras de Jorge Amado, especialmente, a trilogia “Subterrâneos da Liberdade”
Conversei sobre a “Reforma Agrária” (1966) com o Professor Castro Caldas, do Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Gulbenkian
Há 30 anos (1976)
Ainda vivia com intensidade os tempos de Revolução, já com alguma desilusão
Em fevereiro, dias quente, já fazia nudismo na Praia da Bela Vista
Desenvolvia com empenho as minhas duas paixões: as radiocomunicações e a Informática
Há 15 anos (1981/1982)
Fazia rádio: Programa “Contacto” na RDP Internacional e “A CB nas Ondas da Baía” , na Rádio Baía (Seixal)
Fazia a minha 18ª Dádiva Benévola de Sangue
Comecei a interessar-me pelo tema “Gestão da Qualidade”
Há 10 anos (1995/1996)
Acompanhei com grande envolvimento a “explosão” da micro-informática em Portugal
Trabalhava empenhadamente na elaboração da Norma Europeia para as Telecomunicações
Visitei Budapeste e o Largo Balaton (Hungria) como viajante não como turista
Há 5 anos (1999/2001)
Coordenava um projecto informático “paper zero”, talvez o mais aliciante de toda a minha vida profissional
Acabava de desenvolver um interessante projecto informático “Y2K” com reconhecimento nacional e ibérico
Preparava-me para a minha vida de reformado
Há 2 anos (2004)
Festejava os 6 meses da presença da Oficina das Ideias na blogoesfera
Cantava as “Janeiras” recuperando a tradição da minha terra “Ainda agora aqui cheguei /
Já pus o pé na escada / Logo o meu coração disse / Aqui mora gente honrada”.
Tomei um café servido por uma pianista, coisas da imigração, foi a Vicktoria vinda da Moldávia
Há 1 ano (2005)
As voltas que a vida dá pregou-me um susto forte. Desafio superado com a ajuda de uma corrente intensa de amizade (de AMORIZADE)!
Fui conversar com o mar azul e profundo, queria saber dele próprio, o porquê dos trágicos acontecimentos na Ásia...
_Agora tão belo, tranquilo, azul de verde esperança, como foi possível participares em tão tremenda devastação em terras do tão longe?
_Eu sou energia, sou fonte de bem estar, existo para servir o ser humano, para lhe dar vida, mas repara à tua volta, aqui bem perto, nas doiradas areias da Caparica... repara quanto predador é o ser humano!
Ontem (22 de Janeiro de 2006)
Fui votar, como sempre o fiz desde o 25 de Abril, e com a mesma certeza de sempre no meu sentido de voto
Concluí que por deficiência própria por certo, não consigo entender o Povo português na sua generalidade
Treinei, como faço quase diariamente, a capacidade de fazer contas sem p uso da máquina de calcular
Hoje (23 de Janeiro de 2006)
Leitura de “As Intermitências da Morte”, de José Saramago e escrita para completar este modesto texto
Um café e um Claudino que outrora era conhecido nas pastelarias de Lisboa por “Caparica” cai sempre bem numa manhã pardacenta
Amanhã (24 de Janeiro de 2006)
É dia da aula de pintura, talvez a conclusão de um pastel seco, talvez o começar de um óleo
Dar os parabéns e oferecer uma flor do jardim de Valle do Rosal à minha querida amiga Sylviah que é aniversariante
Pensar colectivo sobre o caminho que este País irá prosseguir
Três coisas sem as quais não consigo viver
Amorizade
Fraternidade
Solidariedade
O que compraria com 1000 euros
Não sei o preço de nada, desejaria conhecer o valor de tudo
Cinco maus hábitos que tenho (ou bons, que sei eu)
Beber café sem açúcar, para aproveitar os pacotinhos para a colecção
Gostar de uma boa comezaina, dieta Mediterrânea claro, “fast food” não dá comezaina
Caminhar sempre com a máquina fotográfica ao ombro, por isso tenho um ombro descaído
Deitar tarde e cedo erguer, mesmo assim o tempo é curto
Uma imagem vale mais que mil palavras, especialmente um belo nu de mulher
Três coisas que me metem medo
A doença e o sofrimento dos entes queridos
A loucura dos senhores da guerra e do grande capital (são os mesmos)
O egoísmo e o umbiguismo das pessoas, que me acompanham neste Mundo
Três coisas que tenho vestidas
De cima para baixo – Casaco de malha, camisola, calças
De baixo para cima – Meias, tanga, t-shirt
Três coisas que quero mesmo muito neste instante
Sai um café com uma água com gás
O almoço já a seguir
Enviar este texto para a minha querida amiga Jacky, antes do o publicar na Oficina das Ideias
Dois lugares que gostava de visitar
A magnífica cidade de Praga com a minha companheira de 35 anos passados
São Salvador da Bahia com o meu orixá Jorge Amado