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quinta-feira, abril 13, 2006

a minha opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada


Museu Colecção Berardo

Conheço algumas peças, das cerca de 4 mil, que constituem actualmente o espólio da Colecção Berardo de Arte Contemporânea. Tenho conversado com diversas pessoas sobre Joe Berardo como homem de negócios, como homem apreciador do belo, como ser humano de um modo geral.

Julgo saber da sua vontade firme de que a sua colecção não saia de Portugal. Pese as muitas e tentadoras propostas que tem recebido de governos de diversos países.

Terminaram, com a assinatura de um protocolo no passado dia 2 de Abril, as negociações entre o Governo Português e Joe Berardo com a decisão de criar a Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Colecção Berardo onde serão integradas 862 das 4 mil peças da colecção do Comendador. Estas peças serão cedidas em regime de comodato por 10 anos.

Nestas coisas da cultura, das negociações de protocolos, não deveremos medir os resultados em termos de “vencedores” e de “vencidos”. Embora a Ministra da Cultura, do alto da sua proverbial arrogância o não reconheça, foi total a inépcia do Governos nestas negociações. Quiçá, tenha sido melhor para o Povo português.

Contudo, não foi precavido o destino de mais de 3 mil peças e, nem sequer, ficou minimamente acordado o que virá a acontecer com as novas aquisições de peças de arte que o Comendador Joe Berardo, por certo, continuará a fazer.

Nas negociações agora concluídas o estado Português cedeu em toda a linha às pretensões de Joe Berardo. Para demonstrar o contrário a Ministra da Cultura somente encontra dois aspecto que afirma o Governo não ter cedido (?):
- ao facto de Joe Beardo pretender que este protocolo abrangesse não somente as 862, mas a totalidade (cerca de 4 mil)
- a fixação da colecção no módulo 3 do Centro Cultural de Belém.


A não perder: qualquer exposição de obras da colecção de Joe Berardo; uma visita ao Palácio da Bacalhôa, em Azeitão e outra aos jardins da JP Vinhos, em Brejos de Azeitão.

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