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sexta-feira, abril 21, 2006

o evangelho segundo a serpente

Finalmente!

O tão desejado momento, por mim e por milhares de outros leitores da Revista Xis, chegou com a notícia de que iremos ser obsequiados com um livro em que Faíza Hayat reúne, não só, crónicas suas desenhadas semanalmente nas páginas da XIX, como também, outros textos de igual encantamento.

Que melhor prenda poderíamos ter, nós os amantes das palavras, dos conceitos, dos quereres e dos sentires de Faíza, nesta época de recomeço, de germinar e de recomeço cíclico da roda da vida, do que o olhar profundo e misterioso de Faíza feito palavras para guardar junto ao coração?

Finalmente! Vamos poder ter Faíza mais junto ao sentir de todos nós!


Em 2 de Setembro de 2003 escrevia eu na Oficina das Ideias:

Sangue muçulmano e coração levantino

Desde há muito que leio deliciado as crónicas semanais de Faíza Hayat onde expressa toda a sua sensibilidade e vivência, publicadas no suplemento Xis do jornal Público dos sábados. Creio que o não faço desde o início da publicação pois só mais tarde descobri o encanto destas crónicas, mas desde então espero ansiosamente a sua chegada.

Semana após semana tenho acompanhado os sentires da Faíza, de sangue muçulmano e coração levantino, nas suas viagens por estranhos e esquisitos lugares ou na sua casa em Barcelona.

Pelas palavras de Faíza conheci os sóis de Gaudi que tanto me impressionaram e os odores do deserto, cuja magia me deslumbrou. Conheci o seu pensamento riquíssimo e universalista, viajei até ao Cairo e desci o lendário rio Nilo.

Um dia quando caminhava solitariamente pelas ramblas de Barcelona prendi-me para sempre a um olhar com que me cruzei. Premonição ou resultado da minha imaginação, anos mais tarde vim a conhecer esse doce olhar no expressivo rosto de Faíza.

Partilho com Faíza o seu sentir quanto ao terrorismo. Não podemos pactuar com a violência num mundo civilizado. Devemos exigir a punição exemplar dos responsáveis. Mas...

Não podemos admitir que os senhores pertencentes à civilização a usam para aumentar, ainda mais, a violência. Os senhores do Mundo põem, acima de tudo, o engrandecimento do seu poder, humilhando os povos que pretendem dominar.

Não se pode esperar que a humilhação não seja retaliada com violência.



Mais tarde, a 19 de Dezembro de 2005, a Oficina das Ideias voltava a amar Faíza:

“Faíza do meu encantamento

Desde há muitos anos que não adquiro regularmente peças de informação escrita, quer diária, quer periódica, salvo, eventualmente, uma revista de informação genérica e semanal. Razões encontro-as no facto de, na minha opinião, faltar em Portugal informação independente e fazer-se manchete de notícias que depois no desenvolvimento nos deixam desiludidos.

A informação que considero pessoalmente mais enriquecedora é a transmitida pela rádio, pois é concisa, abrangente e, por essa razão, furta-se a desenvolvimentos muitas vezes repetitivos e eivados da visão pessoal e parcial do jornalista.

É excepção a tudo o que fica escrito antes o facto de adquirir “sempre” o Jornal Público de sábado. Curiosamente, na maioria das vezes somente o levanto no local onde o tenho reservado na quinta-feira seguinte. Não serão pois as notícias que me mobilizam para esta aquisição.

Na realidade, toda a minha atenção vai para as crónicas semanais publicadas na revista Xis, que aos sábados acompanha o Público, “esta revista faz parte do jornal Público”, da autoria de Faíza Hayat. Aliás são textos de excepção que guardo cuidadosamente num arquivo que tenho para o efeito.

Tenho feito o retrato imaginado de Faíza através do que ela escreve com uma sensibilidade extraordinária. Quando ela escreve “Amanhã retomarei a rotina. Amanhã serei de novo Faíza Hayat, darei aulas, assistirei a aulas, três vezes por semana irei à piscina, e entretanto tentarei ignorar o inverno, o rumor da chuva lá fora, o vazio no meu coração” quanto de si própria nos transmite...

Quanto deixará à nossa imaginação?

Faíza como ela própria escreve é uma mulher “em trânsito”. Vive na magnífica cidade de Gaudi, mas tem seus afectos divididos por Parati, no Brasil, por uma pequena praia de Moçambique, e também pelo lisboeta Bairro da Graça.

Vivo o encantamento das crónicas semanais que são poemas de Faíza Hayat...”



E agora... FINALMENTE!!!


Comments:
beijinho, bom fim de semana:))

sem tempo para mais...:(
 
Querida Cristina. Um beijinho gostoso de uma visita inspiradora. Beijinho.
 
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