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sábado, maio 27, 2006

coleccionar com doçura

Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente. Os pacotes de açúcar dão rosto a pessoas e acontecimentos exemplares na solidariedade, no saber, na afectividade


As Brasileiras

Desde muito jovem que diariamente frequentava a zona do Chiado deslumbrado com o movimento citadino que nada tinha a ver com o meu local de residência, então, a tranquila vila da Amadora nos arrabaldes da capital. Estávamos na segunda metade dos anos 50 do século passado e frequentava à época a Escola Comercial de Veiga Beirão.

A escola situada nas instalações da antiga Universidade de Lisboa, no Largo do Carmo, estava a dois passos do cosmopolita Chiado, bastava descer a Calçada do Sacramento, ainda de piso paralelepipédico de feição para as carroças que poucos anos antes ainda percorriam com frequência as ruas de Lisboa.

Sempre que passava pelo Chiado pasmava com a beleza arquitectónica de um café de culto que aí se situava, e situa, decorado com espelhos e cristais e pinturas que foram enobrecendo as paredes. Lugar de tertúlia de todos os tempos ainda à época por lá se encontravam escritores e artistas. Refiro-me ao Café A Brasileira do Chiado como já se aperceberam.

Anos mais tarde, ligado à minha actividade profissional relacionada com as tecnologias da informação, desloquei-me durante alguns períodos à cidade do Porto, por onde ficava alguns tempos. Quando as condições climatéricas o permitiam deixava-me encantar pelo Porto “de andar a pé”.

A Boavista, os Clérigos, Santa Catarina faziam parte do meu roteiro de caminhadas, de encontros e desencontros, de conversas sem fim... habituei-me às tertúlias nortenhas, documentei-me, por esses tempos, sobre os saberes relacionados com os “ovnis” e outros objecto de identificação difícil.

Quanto às comezainas, tirando as incursões às marisqueiras de Matosinhos e de Leça, e as loucuras de jantar no Degrau Chá, quedava-me pela zona mais tradicional do Porto, pela Abadia (que delícia as tripas enfarinhadas), pela Mamuda e por outros locais de culto da arte de degustar vitualhas.

O cafézinho, melhor, o cimbalino esse era degustado sentado a uma mesa de madeira e tampo de vidro de A Brasileira do Porto.

E em Coimbra? Em Coimbra o café era à época tomado no café da Rua Ferreira Borges...


Comments:
Brasil, brasileira e brasileiros fazem parte da tua vida ja desde muito jovem han?
deixo-te um beijo e um abraço forte!
 
Doce Lualil. Eu diria que desde sempre. Amo o Brasil, as brasileiras e os brasileiros. Um beijo.
 
A Brasileira de Coimbra está toda no livro de Alberto Vilaça.
 
Amigo Lapa
Excelente informação. Onde poderá ser adquirido ou consultado o referido livro? E qual o título do mesmo?
Um abraço.
 
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