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segunda-feira, maio 08, 2006

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


A Rota do Andarilho

Rosto marcado no sofrer de um sonho destruído
Olhos cavados, baços, lágrimas secas desde há muito
Em vigílias passadas com a mente agitada e febril
Tentando fugir da realidade implacável e cruel.

Vivendo o sonho, imagens perfeitas e harmoniosas
Julgando infindável a capacidade de amar e o ser amado
Caminhando tortuosos rumos, evitando a desilusão
Atinge o infinito onde a clarividência é soberana.

Onde olhando para trás não destingue o caminho percorrido
O andarilho vê-se descalço, nu e sem imaginação
A realidade é, então, fria, crua, verdade simplesmente
Não lhe sendo dada possibilidade de corrigir os erros cometidos.

Iniciada a fase de destruição do pensamento
Os sonhos são desfeitos para dar corpo à realidade
A mente tenta fixar o pormenor da felicidade que se dilui
O rosto apresenta sinais de fadiga e de desespero.

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