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sábado, maio 06, 2006

a minha opinião

O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada


Que País este...

Converso na rua com muita gente, com os chamados “cidadãos comuns”, gente que desenvolve a sua vida activa, de uma forma geral, deslocando-se para os seus empregos na cidade de Lisboa. Mas também com pessoas já com o estatuto de reformados e outros que na retaguarda da vida garantem a harmonia do lar enquanto os maridos vão para os empregos.

É raro não ouvir o comentário:
_Isto está mau! A vida está cada vez mais difícil... não sei para onde vamos...
Porque, de um modo geral, é o governo que está debaixo de fogo nestes desabafos sempre comento:
_Mas se eles lá estão é porque tiveram votos para isso... Hoje em dia não há razões para as pessoas se sintam enganadas...

Na realidade, vivendo o mito da democracia bicéfala, os portugueses não têm a ousadia de dizer NÃO a governantes do tipo que têm conduzido o nosso País nas últimas décadas. Dominado por uma Europa dos ricos, a título de sermos europeus, somos expropriados das nossas melhores valias, estamos cada vez mais dependentes de terceiros.

O espelho de tudo o que se passa à nossa volta está o facto de que são as entidades que nada contribuem para o produto interno, as entidades financeiras e especulativas, com ganhos brutais. E estas empresas que nada produzem, somente especulam, para terem tamanhos lucros alguém está a perder. E que perde é o Povo que sofre cada vez mais.

As empresas produtivas, essas continuam a fechar as portas, obviamente com a complacência liberalista da Europa dos ricos, levando para outras terras os meios de produção, lançando no desemprego milhares de portugueses, famílias completas.

Daí que não me surpreenda que um amigo meu ligado às forças de segurança não deixe de afirmar: _Cada vez mais os roubos, os pequenos roubos, são para comer. É a fome que obriga a roubar...

Este é o País de gente sofredora que vive no mesmo território da opulência resultante dos compadrios, das mais rasteiras formas de obter dinheiros e benesses. O silêncio está a ser pago principescamente.

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