Partilhar
domingo, maio 14, 2006

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Caminho de Luz

Neste imparável movimento dos ponteiros do contador do tempo os acontecimentos sucedem-se a um ritmo alucinante, muitas vezes sem que nos seja possível acompanhar as mudanças próprias de uma galáxia em movimento veloz a caminho de misterioso destino. Vale, então, o sentir, muito para lá do que nos é dado pelos sentidos físicos, aquele sentir que inexplicavelmente nos dá uma imagem universal das coisas.

O Fotógrafo não é alheio a este sentir, especialmente numa situação em que a Escritora tão bem descreveu num comentário seu: “A escritora estava perto de alguém que partia e que já agora voa livre e em paz! (sentiste-me...)”. Este sentir só é, realmente, possível quando damos uma atenção permanente, profunda, aos nossos amigos queridos.

Um turbilhão de pensares acompanha o Fotógrafo no seu lento caminhar, lento mas decidido, pois na calçada em que se encontra a caminhar muitas convergências de sentires, de quereres, de saberes estabeleceu com a Escritora. E o encontro não tardará a renovar-se, daqui a pouco quando se encontrarem na esquina “do costume”.

_Querida Amiga que bom voltar a encontrar-te; Só lamento mesmo o desenlace por que passaste...
_É doloroso sim... mas a Esperança de reencontros bonitos na “grande estrada de luz” sempre nos anima a continuar...
_Sem dúvida que sim... Aliás é divinal a forma como escreves esse pensamento: “Partiste. Agora és do teu tamanho. Tão grande que já nem meus olhos te alcançam. Apenas meu coração te sente.


Nestas circunstâncias é impossível de segurar a lágrima furtiva e teimosa que insiste em rolar marcando no rosto um pequeno vale, o início de um rio que caminhará para o mar azul e eterno. É o eterno caminhar do tempo, do tempo que passa, ora tão lento, ora rápido e tumultuoso.

A manhã acordara cinzenta, ameaçando chuva, quiçá, trovoada forte daquela força que faz tremer os mais afoitos. Num instante um vento de sentido contrário arrastou as nuvens para as terras do longe. O céu ficou mais azul e o sol brilhou intensamente.

Comments:
Ter um amigo que nos "sente" faz com que nada seja capaz de nos tornar fracos..
beijo-te!!
(adoro-te.. muito!)
 
Doce Lualil. Sente mesmo, não tenho qualquer dúvida. Um beijinho.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?