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domingo, maio 28, 2006

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


O ciclo contínuo da vida

Enquanto percorre a calçada recifense em direcção ao largo onde sabe vir a encontrar a maior agitação de um Povo que vive, o Fotógrafo tem no pensamento que no dia de amanhã a alvorada será mais alegre e prazenteira pois a escritora festejará mais um aniversário de uma vida plena de sentires e de quereres.

A vida é mesmo assim, festejar os dias que passam pois a cada momento somos surpreendidos por aquelas situações de que tão certas que são nunca deixam de causar consternação e desgosto. Ainda há poucos dias desapareceu do nosso convívio um amigo de muitas andanças e lutas com solidariedade e fraternidade.

Companheiro do Fotógrafo em variadas caminhadas da vida nunca houve ocasião para o contacto pessoal com a Escritora, algo desejado e muito sonhado mas que com as voltas que a vida dá nunca foi possível de concretizar. É uma mágoa que fica, mas que o sonho e o muito querer sempre resolverá...

_Querida Escritora estes são os escolhos da vida.... nunca pudemos concretizar o teu encontro pessoal com o Fernando...
_É verdade... é uma mágoa que eu sinto...
_Como escreveu o nosso amigo António “...no cantinho onde ele estará, tenho a certeza, um lugar merecido... vamos lá a um petisco, todos juntos...”
_Por certo é essa mesmo a forma como o Fernando pretende ser recordado...


Ficámos um pouco a meditar na verdadeira forma de ser e de estar deste nosso querido Amigo. O espaço FRATERNIDADE a que ele dedicou tanto carinho e empenho era, como os espaços que todos nós utilizamos por aqui, algo de muito pessoal, íntimo mesmo que no seu desejo de partilhar colocou à nossa leitura. Será impossível como em tudo que é íntimo e pessoal ter sequência dada por quem quer que seja, por muito que lhe queira.

Esse deveria ser um “outro” espaço de elegia a Fernando Bizarro.

Por outro lado está bem claro na forma como pretendeu que o seu funeral se concretizasse, na cremação, que não deseja culto pessoal. O Fernando foi sempre um defensor do colectivismo, nunca do culto da personalidade.

_Querida Escritora, onde já vai o nosso pensamento...
_É verdade, não são somente as palavras que se comportam como as cerejas, assim o são também os pensamentos...
_Sabe, querida Amiga? O Fernando iria transformar em frente o dia de amanhã... e continua, onde quer que se encontre, a desejar isso mesmo...

Comments:
Victor meu querido amigo..
Sabes.. estou mais uma vez e em especial agora emocionada com mais este encontro entre duas pessoas que se conhecem muito mais além do que se pode compreender. Ainda muitas vezes me admiro com a nossa sintonia e com a tua capacidade em especial de sentir as minhas emoções.. Te adoro muito muito muito.. e preciso te abraçar forte!
um beijo especial
 
Doce Lualil. Os meus sentidos estão sempre totalmente atentos quando contactamos, por isso a transmissão de pensamentos e de sentires... Um beijo.
 
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