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domingo, junho 11, 2006

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


Santo António de Lisboa

Dois dias mais e estaremos em plenos festejos dos santos populares, primeiro o Santo António festejado mais para as terras do Sul, filho dilecto de Lisboa, depois o São João que em Braga e no Porto é mais festejado e, finalmente, o São Pedro já no fecho do festivo mês de Junho.

Curiosamente, pensava o Fotógrafo enquanto caminhava calçada acima, à beira de onde vive à festas para todos os gostos: em Lisboa o Santo António; basta atravessar o rio Tejo para em Almada se festejar o São João; e mais além agarrada a um dos braços do rio festeja-se o São Pedro na ribeirinha cidade do Seixal.

_Quem me dera estar agora em Portugal a comer uma sardinha assada e a beber um copo de vinho tinto, comentava a Escritora retirando o Fotógrafo dos seus pensamentos...
_Seria muito bom, sim... ao som de uma marcha que Lisboa canta nos seus bairros populares. _Pular até o sol nascer, pelas ruelas de Alfama, atirando aqui e ali um tostão (de cinco cêntimos falamos) para os tronos de Santo António.
_E junto ao Largo de Santo Estevão procurar recordar a voz única de Fernando Maurício...


E lá foram caminhando. Agora o pensamento do Fotógrafo já estava voltado para esta situação tão humana e tão inexplicável. A morte! E em Fernando Maurício pensava. Morre um artista, um ser de excepção... lamenta-se o sucedido, homenageia-se quem nunca em vida foi reconhecido no seu total valor. Depois esquece-se....

Talvez no cinquentenário da sua morte, ou do seu nascimento, mas mais provavelmente no centenário voltará a ser recordado...

_Querida Escritora, Fernando Maurício deixou um grupo de seguidores, os “mauricianos”, que tentam cantar como ele fazia, tentam seguir o seu exemplo de fadista e boémio mas, essencialmente, solidário...
_Isso nos anima de que o ser humano ainda resguarda um pouco de sentir, capacidade de reconhecer.... de amar.


A caminhada continuava... Em Lisboa as festas dos Santos Populares estavam ao virar da esquina... na Veneza do Brasil eram recordadas com carinho.

Comments:
Numa época como esta, nestes festejos é que vemos ainda mais forte a união de povos, revividos e fortalecidos pelo fotógrafo e pela escritora!
beijos grandes
 
Doce Lualil. A vivência dos santos populares é única quando partilhada com afecto. Um beijo.
 
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